São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997 |
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Experiências táticas 'unem' Lusa e Fla FÁBIO VICTOR FÁBIO VICTOR; SÉRGIO RANGEL
SÉRGIO RANGEL Apesar de estarem na fase semifinal do Campeonato Brasileiro, tendo disputado mais de quatro meses de competição, Lusa e Flamengo se enfrentam hoje, às 18h, no Maracanã, fazendo ainda experiências técnicas e táticas. Estreando novo técnico, Carlos Alberto Silva, o time paulista vai ao Rio com algumas modificações em relação à equipe de Edinho, o treinador anterior. Ao assumir, há nove dias, Silva afirmou que não iria realizar mudanças bruscas na equipe. "Vou fazer apenas uma pequena maquiagem", disse então. Não foi o que se viu na primeira semana de treinos. Para começar, o técnico trocou a disposição de alguns jogadores em campo -o volante Moacir jogará como meia, o meia Aílton ganhará funções mais ofensivas, e Curê, um atacante nato, poderá, segundo Silva, ser recuado para o meio. Outros, postos no banco por Edinho, voltam a ter chance, como o volante Roque, titular hoje, o atacante Leandro e o próprio Curê. "Mantive a base. Dei alguns retoques, mas não desfigurei as características da equipe. Em função do adversário, tive que fazer mudanças, eles têm peças que precisam ser marcadas", disse Silva, justificando o meio-campo com três jogadores defensivos (Capitão, Roque e Moacir). O Flamengo, por sua vez, precisa vencer para garantir a manutenção do esquema "à européia" armado pelo técnico Paulo Autuori. Com o sistema 3-5-2 -três zagueiros, cinco jogadores no meio-campo e dois atacantes-, o time carioca jogou duas partidas e ainda não venceu. Perdeu para o Corinthians, por 1 a 0, há 11 dias, no Morumbi, e empatou com o União, em 0 a 0, há uma semana, no Maracanã. Um novo resultado negativo poderá abortar o esquema. Os jogadores estão divididos com relação ao sistema. Na quinta-feira, alguns já demonstravam o descontentamento. O zagueiro Júnior Baiano era o mais crítico. "O time ainda não acertou", reclamava. Ele ameaçou abandonar um treino em Teresópolis, onde o time se preparou para as semifinais. Outros atletas defenderam o esquema. "Com a formação, o time ganha mais equilíbrio", disse o atacante Renato Gaúcho, que voltará ao time hoje. Apesar das críticas, Autuori se mostra seguro. "Até porque só adotei este sistema após conversar antes com todos os jogadores. Confio na sua eficiência." Texto Anterior: Mordida arranca parte do nariz do presidente do Bragantino Próximo Texto: Rendimento é o inverso do de 96 Índice |
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