São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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País deve ter menos juízes na Fifa em 98

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A arbitragem brasileira só deverá ter nove representantes no quadro da Fifa em 98, em vez de dez, como neste ano. A Comissão de Arbitragem da CBF ameaça deixar uma vaga aberta por falta de renovação no quadro.
Dois juízes serão excluídos do quadro internacional na virada de ano: o catarinense Dalmo Bozzano, que chegou à idade limite de 45 anos, e o carioca Carlos Elias Pimentel, que quase nem atuava.
Para preencher essas duas vagas só há um nome certo: Luciano Augusto Almeida (DF).
A maior aposta da comissão, o carioca Ubiraci Damásio, fracassou em alguns jogos no Brasileiro, como os clássicos Santos x São Paulo e Corinthians x Palmeiras.
Após ler os relatórios dos observadores, a comissão concluiu que ele precisa de mais tempo para amadurecer. Mesmo assim, ele pode ser incluído na vaga que resta.
Outro juiz com chances, embora pequenas, é Alfredo Santos Loebeling, de São Paulo. Ele se recuperou após quase ter sido afastado no meio do Brasileiro, por conta de uma suposta tentativa de suborno num jogo do União São João.
Ele contou o suposto fato a colegas, mas não pôs nada no relatório, o que impediu a investigação.
Além de Almeida, o único juiz da nova geração que agradou muito aos membros da comissão é o paulista Paulo César de Oliveira.
Não é por acaso que esses dois foram escalados para apitar na primeira rodada da segunda fase.
Oliveira não entra no quadro da Fifa em 1998 porque tem 24 anos de idade, 1 abaixo do mínimo.
Se mantiver o nível das atuações, é nome quase certo para 1999, quando sai do quadro o sergipano Sidrack Marinho, também por estourar o limite de idade.
Outra mudança de rumo que está para ocorrer é relativa ao juiz brasileiro que vai atuar na Copa.
Desde 1994, quando foi preterido em favor do gaúcho Renato Marsiglia, o mineiro Marcio Rezende de Freitas era tido como nome certo.
Mas sua atuação na final do Brasileiro-95 e sua ligação com o Ivens Mendes, presidente da extinta Conaf, minaram sua posição. O favorito neste momento é Marinho, escolhido pela CBF o melhor árbitro no Brasileiro-96 e tido pela comissão como o melhor de 1997.

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