São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997 |
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Jamaica e Japão querem o fim do sonho
RODRIGO BUENO
Para obter êxito, ambos os times estão apostando em brasileiros. A Jamaica tem no comando de sua comissão técnica Renê Simões. Já o Japão deposita sua maiores esperanças nos atacantes Kazu (japonês que jogou muitos anos no Brasil) e Wagner Lopes (brasileiro que se naturalizou japonês). Jamaicanos e japoneses terão como adversários seleções de maior tradição no âmbito regional. Na Concacaf, o México é quase imbatível. Já está classificado para a Copa -a 11ª de sua história. Na Ásia, o Irã figura como uma das grandes forças. Jogou o Mundial em 78. Para a Jamaica, o jogo de hoje significa a última oportunidade para jogar na Copa da França, já que será concluída a eliminatória da Concacaf. A equipe pode se garantir na Copa mesmo com uma derrota. Para isso, é preciso que os EUA não sejam derrotados em casa por El Salvador. No caso do Japão, ainda existe uma outra alternativa. Caso perca hoje, enfrenta a Austrália, campeã da Oceania, em uma repescagem. Nesse caso, o time fará dois jogos, nos dias 22 e 29 de setembro, contra os australianos, que terão a vantagem de decidir em casa. Outras semelhanças Japão e Jamaica, apesar de diferirem em vários aspectos sócio-culturais, apresentam semelhanças no contexto do futebol mundial. Há questão de anos, o futebol não atraía nem jamaicanos nem japoneses. Enquanto a Jamaica dava atenção quase que exclusiva ao críquete, o Japão adorava o beisebol e reverenciava o sumô. O desenvolvimento do futebol nas duas ilhas é recente, mas marcante. Nesta década, o futebol jamaicano conseguiu se desvencilhar um pouco de sua imagem amadora, em que os atletas só ouviam reggae e fumavam maconha. Hoje o país tem jogadores no exterior, e os estádios vivem lotados. Também nesta década, o futebol japonês se profissionalizou de vez, com a criação da J-League, o campeonato nacional, e a escolha para ser uma das sedes da Copa- 2002. Caso não se classifiquem para a Copa de 98, Jamaica e Japão sofrerão sério golpe no desenvolvimento de seu futebol. As federações dos países temem que uma eventual eliminação faça com que o interesse pelo esporte fique reduzido. Texto Anterior: País deve ter menos juízes na Fifa em 98 Próximo Texto: Chile ataca para retornar ao Mundial Índice |
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