São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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BankBoston financia casas pré-fabricadas

Banco é pioneiro nesse tipo de linha de crédito

LIGIA BRASLAUSKAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado de casas pré-fabricadas acaba de receber um reforço. O BankBoston abriu uma linha especial de financiamento -chamada "Home Equity"- para esse tipo de negócio.
Em parceria com a Casema, empresa que atua no mercado de casas pré-fabricadas, o banco é o primeiro, no Brasil, a abrir uma linha de crédito para esse segmento, segundo Marcos Cesarini, 33, gerente de produtos do setor imobiliário do BankBoston.
Márcio de Almeida, 39, diretor comercial da Casema, que faturou R$ 12 milhões em 96, prevê que essa parceria com o BankBoston deve aumentar as vendas em 30% num prazo de seis meses.
"O aumento do prazo de pagamento para 60 meses vai abrir portas para as negociações."
A maioria das empresas do mercado trabalha com financiamento próprio ou por meio de financeiras. O prazo vai de 6 a 24 meses.
"A chance de comprar uma casa pré-fabricada e ter cinco anos para pagar é uma oportunidade única no mercado", diz Almeida.
Para Josani Moreira, 32, gerente de contas do BankBoston, a elevação das taxas dos juros não vai atrapalhar muito o andamento do projeto. "Um prazo maior sempre acaba atraindo novos investidores", diz.
Outras empresas que trabalham com casas pré-fabricadas vendem com financiamentos.
A Losango, empresa de crédito que pertence ao grupo do Lloyds Bank, está concedendo financiamentos para esse segmento há oito meses.
Segundo Sérgio Luiz da Silva Lima, 34, operador comercial da Losango, a procura por financiamentos nessa área ainda é pequena.
As empresas que controlam seus próprios financiamentos usam a variação da caderneta de poupança como índice de reajuste.
Consumidor
Mauro Américo Cardenuto, 41, comprou uma casa pré-fabricada há quatro anos e diz estar muito satisfeito. Ele mora com a mulher, Aracy Carneiro Bastos, 44, e os três filhos, Américo, Aléssio e Nalim.
Para ele, o financiamento foi uma ótima alternativa. "Hoje a casa já está paga e eu não tenho mais preocupações com isso."
Existem opções para quem quer fugir dos juros e da correção monetária. A empresa Santa Felicidade trabalha com parcelamento em até seis vezes sem acréscimo. Acima desse prazo, a correção segue a variação da poupança.
Segundo Pedro Moreira, 40, gerente comercial, a maior parte dos negócios tem o pagamento baseado no cronograma da obra. "São quatro parcelas em 60 dias."

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