São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997 |
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Niemeyer e Jacques Pilon são destaques Nos seus projetos, tudo é amplo e espaçoso DA REPORTAGEM LOCAL Os grandes arquitetos do centro da cidade, nas décadas de 50 e 60, foram Oscar Niemeyer, Artacho Jurado e o francês Jacques Pilon -autor do projeto da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, situada na rua da Consolação-, segundo o arquiteto José Luiz Tabith, vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil.O edifício São Luiz, na praça da República, que tem apartamentos com área útil na faixa dos 320 m2, e o Conde Sílvio Penteado, na avenida São Luís, com área de 350 a 400 m2 por unidade, foram construídos pelo francês nos anos 40 e 50. Em seus projetos, tudo é amplo, espaçoso. As portas são duplas, o pé-direito é alto e os banheiros, espaçosos. Pilon, nascido em Le Havre, França, em 1905, morreu em São Paulo em 1962. Segundo dados do "Catálogo de Desenhos de Arquitetura da Biblioteca da FAUUSP" (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), publicado em 1988, o arquiteto projetou e construiu mais de 60 edifícios na região central da cidade. Fez o projeto para a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, iniciado em 1936, e para o viaduto General Olímpio da Silveira (sobre a atual avenida Pacaembu), em 1939, que foi executado seguindo fielmente seu desenho. No final de 1934, associou-se ao engenheiro civil Francisco Matarazzo Netto. Juntos, construíram o edifício Jaraguá, na rua Barão de Itapetininga, o edifício Santo André, na rua Piauí, e o edifício para a Companhia Paulista de Seguros, na rua Líbero Badaró, entre outros. Niemeyer O brasileiro Oscar Niemeyer, 89, também projetou, nas décadas de 50 e 60, no centro da cidade, alguns edifícios que resistiram ao tempo e tornaram-se marcos da arquitetura. O Copan, desenhado em 1952, e o Edifício Eiffel, em 1956, são suas obras mais conhecidas e eram, na época, prédios requintados que abrigavam membros da alta classe social. Com o passar dos anos e com a deterioração da zona central de São Paulo, foram sendo desvalorizados. Os outros perderam não só seu valor, mas também o caráter residencial. Um fator que contribuiu para essa situação foi o fato de a maioria dos prédios não contar com garagem. Texto Anterior: Moradores se unem Próximo Texto: População residente está em declínio Índice |
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