São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
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População residente está em declínio

DA REPORTAGEM LOCAL

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a população residente dos distritos Sé e República está diminuindo, o que acentua o seu caráter comercial.
Em 1991, os residentes da Sé somavam 27.186 e, em 96, 21.255. No distrito República o número também caiu: de 57.797 para 49.666 moradores.
O centro, no entanto, não é o local onde são cometidos os piores crimes.
Dados da Secretaria de Segurança Pública de setembro apontam algumas localidades do centro, como Santa Cecília e Sé, entre as campeãs de roubos e furtos, ao lado de Santo Amaro e Pinheiros. Mas, em homicídios dolosos, a região é a que apresenta o menor índice da cidade.
Com o objetivo de revitalizar a região, a prefeitura aprovou, em maio, a Operação Urbana Centro. O projeto estimula a construção de edifícios residenciais, educacionais e culturais e a intensificação do uso da infra-estrutura local, principalmente à noite.
Segundo o engenheiro civil Marco Antônio Ramos de Almeida, 52, diretor-executivo da Associação Viva o Centro, é preciso absorver a população flutuante do centro. "São 2,5 milhões de pessoas transitando pela região diariamente."
A área dos distritos Sé e República soma 4,4 km2, o que representa 0,5% da área urbana. No entanto, emprega 11% dos trabalhadores da cidade.
Para Elizabeth Goldfarb Costa, 44, arquiteta e vice-presidente da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), a solução inteligente para cidades grandes é concentrar a população em regiões que tenham estrutura e unam moradia e trabalho.
Ofertas
Apesar de escassas, as ofertas do centro de São Paulo são atraentes, tanto em espaço útil quanto nos preços.
Segundo Almeida, o preço do m2 na região é baixo, mas os apartamentos são muito grandes, o que faz com que o valor final dos imóveis não seja tão inferior ao de outros bairros.
Um apartamento da década de 50 com 380 m2 de área útil, na avenida São Luís, é vendido a R$ 250 mil. O valor do m2 é de R$ 658.
João Freire D'Avila, diretor da Amaral D'Avila Engenharia de Avaliação, faz a comparação de preço tomando como exemplo um apartamento com 20 anos de idade, área útil de 220 m2, na avenida Giovanni Gronchi, Morumbi, zona sudoeste. O custo é R$ 300 mil -o m2 sai por R$ 1.363.
Segundo ele, o preço do m2 em lançamentos de edifícios em bairros de primeira linha, como Higienópolis, Jardins, Moema, Itaim e Vila Nova Conceição, varia entre R$ 2.000 e R$ 2.500.

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