São Paulo, domingo, 16 de novembro de 1997
Texto Anterior | Índice

Julgamento apressado; Protesto; Nova sigla; Falta de propostas; Quadro negro; A culpa é nossa; Culpa externa; Rosa-dos-ventos; Devaneio eleitoral; Promessa de campanha; Generalização perigosa; Corte de despesas; Banco do Brasil; ISO 9002

Julgamento apressado
"De tempos em tempos, esta Folha mostra sua verdadeira face política, qual seja, a governista. O editorial de 4/11, intitulado 'Delírio das oposições', é uma demonstração inequívoca da vocação empresarial deste jornal, que, como todo grande grupo econômico, não tem interesse no sucesso eleitoral de outras forças políticas que não sejam as controladas pelas eternas 'elites dominantes'.
A crítica ácida não combina com o teor do mencionado documento, que não passa de um prospecto, o qual servirá de base para um plano comum dos partidos de oposição, esse sim mais consistente."
Luís José Bassoli (Taquaritinga, SP)

Protesto
"Até quando nós, leitores da Folha, teremos de aguentar esse deslumbramento por parte do caderno da Ilustrada em relação a certas bandas inglesas de música pop? Primeiro foi o Oasis que, se não é de todo ruim, não traz nada de novo à música, muito menos ao Brasil. Agora, essa capa do caderno dedicada a uma das maiores armações dos últimos tempos: Spice Girls, lixo musical de primeira."
Marcos Lavieri (São Paulo, SP)

Nova sigla
"Os trabalhadores do Brasil estão representados pelo PT. Os ricos, os afortunados e a elite estão representados pelo PFL, PSDB, PPB e parte do PMDB.
E a classe média? Não tem quem a defenda, e é quem decide as eleições.
Sugiro, portanto, que se crie um novo partido no Brasil: o PCM, Partido da Classe Média."
Paulo de Sá Carneiro Chaves (São Paulo, SP)

Falta de propostas
"O tumulto da economia internacional evidenciou o elo mais fraco de nosso desenvolvimento: o subdesenvolvimento político-partidário. No Congresso Nacional, faltam pelo menos 400 patriotas para pôr ordem na nação.
O mais preocupante é que a menos de um ano das próximas eleições, temos apenas uma proposta de governo, que é a do presidente.
Tudo indica que novamente vamos eleger nomes para ver no que vai dar -é bom lembrar do Collor."
Nilson Macan (Curitiba, PR)

Quadro negro
"Estou me sentindo desamparada e revoltada pelas administrações desta cidade, deste Estado e deste país!
Pessoas dizem que estão pensando em parar de pagar o IPTU para conseguir desconto ou anistia.
As Bolsas sofrem quedas. E o que acontece? O governo aumenta os juros, demite trabalhadores.
A Previdência Social é roubada descaradamente. E o que acontece? Muda-se a lei! Quer dizer: o pobre, que começa a trabalhar aos 14 anos, é o grande prejudicado."
Lourdes Aparecida Lodi (São Paulo, SP)

A culpa é nossa
"As vezes penso que, se nós fôssemos descobertos pelos ingleses, seria outra coisa, mas não podemos culpar de forma genérica a invasão portuguesa no nosso país por tudo, já que a usurpação foi sendo genérica em nosso desenvolvimento. Enfim, não sou contra o governo, mas da forma que somos governados."
Hércules José Arruda (Rio de Janeiro, RJ)

Culpa externa
"Verdade seja dita: a equipe de FHC está dando pulos de alegria por causa do crash global. O Plano Real está jogando a economia nacional pelo ralo e mesmo assim -por motivos eleitorais- deverá ser mantido a qualquer custo até 98.
Com o crash, nossos amigos em Brasília poderão mandar a conta para o contribuinte -como sempre- e pôr a culpa na Bolsa de Hong Kong."
Lauro Ney Batista (São José dos Campos, SP)

Rosa-dos-ventos
"Fico feliz pela reportagem publicada dia 13/11 na Folha a respeito do indiciamento e julgamento por júri popular dos participantes da chacina de Eldorado do Carajás. O Brasil está mudando, aos poucos, graças a pressão exercida pela opinião pública."
Alberto Oliveira Matos Junior (São Paulo, SP)

Devaneio eleitoral
"Há república onde presidente só dirime sobre medidas fáceis; seria Maluf necessário na Presidência a cumprir a prometida segurança popular? Vamos acreditar na mão de Maluf."
Julio Martins de Carvalho e Sá (Assis, SP)

Promessa de campanha
"Onde está o imposto sobre as grandes fortunas, que foi uma das promessas de campanha do presidente eleito? Ele fala uma coisa e faz outra. Só há uma solução: o povo brasileiro julgar nas urnas o 'mandatário das mais de mil e uma medidas provisórias'."
Fernando d'Ávila (Rio de Janeiro, RJ)

Generalização perigosa
"Em entrevista concedida ao programa de Juca Kfouri, na CNT, o então já candidato Ciro Gomes, faz uma generalização, preconceituosa e pejorativa à categoria dos sociólogos. Ao querer transparecer oposição ao presidente Fernando Henrique Cardoso (que é sociólogo), tenta confundir a opinião pública ao se referir a uma categoria, que certamente não comunga com a atual condução política, econômica e social dada pelo atual presidente."
Carlos Roberto Jordon, presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Povo injustiçado "Quando a Bolsa lucrou, permitindo aos especuladores estrangeiros aumentar sua fortuna, eu -como classe média- nada ganhei. Agora, que a Bolsa foi para o brejo, eu tenho que pagar a conta. Assim, dou a minha contribuição para que os especuladores de lá de fora possam continuar a ganhar seu dinheirinho aqui, sem o que o país vai 'pro buraco'. Se é isso mesmo, tinha razão o presidente Fernando Henrique Cardoso quando disse que o Brasil não é um país pobre, mas um país injusto."
Simão Pedro P. Marinho (Belo Horizonte, MG)

Corte de despesas
"O jornalista Clóvis Rossi foi um dos poucos formadores de opinião que teve a coragem de rasgar o verbo contra o desumano corte no reajuste dos servidores públicos. Ao seu brilhante artigo 'Deboche, puro deboche', de 13/11, só tenho a acrescentar que ainda mais desumano é o corte feito nas bolsas de estudos, principalmente vindo de um presidente que regou suas pós-graduações com champagne francês."
Alberto Tosi Rodrigues (Campinas, SP)

Banco do Brasil
"Nestes tempos em que a competição é norma de sobrevivência das empresas, o Banco do Brasil parece uma exceção à regra, vivendo ainda com uma estrutura hierárquica arcaica e fossilizada.
Me refiro à despótica figura do gerente. A maioria dos prejuízos decorrentes dos maus negócios realizados pelo banco é de responsabilidade do gerente e o máximo que lhe acontece como punição é uma simples remoção. Um caixa quando erra paga com o próprio salário.
É necessário que a atual direção do banco tome as providências necessárias para tornar o banco competitivo e sem autoritarismos e discriminações."
Gilberto Motta da Silva (Curitiba, PR)

ISO 9002
"A obtenção do certificado ISO 9002 pela Folha é uma evidência de que o jornal opera em padrões internacionais. Meus cumprimentos"
José Fernando Boucinhas, presidente da Boucinhas & Campos Auditores Associados (São Paulo, SP)

Texto Anterior: É preciso mudar a política cambial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.