São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 1997
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Sydney sucumbe aos arranha-céus

JOÃO BATISTA NATALI
DO ENVIADO ESPECIAL À AUSTRÁLIA

Sydney, capital do Estado de Nova Gales do Sul, é a grande metrópole australiana. Tem 3,7 milhões de habitantes -um terço da população paulistana- e uma bela mistura de charmes culturais.
É uma cidade em que qualquer bairro está perto do mar. Sydney cresceu em volta do "harbour", que não é propriamente um porto, tradução inglesa da palavra, mas uma baía que se magnifica terra adentro e que constrói umas 80 praias de areia ou de pequenos recifes.
Sydney possui seus cartões-postais. O primeiro é a ponte pênsil, construída nos anos 30 entre os dois lados da cidade.
O segundo é a Ópera, obra de um arquiteto dinamarquês, aberta em 1973, que simula a justaposição de gomos de laranja naquilo que é visto como um dos exemplos mais belos do finado modernismo.
Arte
Sydney também é uma cidade com boas opções de espetáculos.
Tem teatros, uma grande orquestra sinfônica, grupos de balé e de arte aborígine -praticada pelos 270 mil nativos que descendem da população encontrada pelos britânicos no final do século 18. Detalhe importante: foram os aborígines australianos que inventaram o bumerangue.
A pintura australiana não teve por muito tempo personalidade própria. Era um apêndice da britânica. Mas possui uma singularidade temática -os colonizadores- que vale a pena conferir na Art Gallery of New South Wales.
Para as crianças, ou nem tanto, Sydney possui o Wonderland, imenso parque de diversões, e ainda um dos maiores aquários do mundo, que é percorrido por corredores de vidro construídos debaixo do mar.
O centro da cidade lembra qualquer metrópole americana. Há a febre de arranha-céus, a grande torre AMP e coisas que qualquer pessoa medianamente viajada achará de uma monotonia brutal.
Sonho de balsa
Mas, mesmo no centro, preste atenção nas casinhas remanescentes do século 19.
Em estilo vitoriano, elas possuem alpendres demarcados por grades de ferro trabalhado. São absolutamente encantadoras.
Sydney tem, além de ônibus, trem e metrô, um sistema de monotrilho suspenso que percorre as principais atrações turísticas. Vale a pena se orientar por ele.
Outro conselho: as balsas são um dos melhores e mais eficientes meios de transporte. Vá pelo mar, nem que seja para um simples passeio pela empresa Captain Cook, que possui um píer próprio na parte mais central do porto.

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