São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Caingangue é acusado de matar posseiro

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O líder indígena caingangue Reginaldo Sales Batarse, 27, deverá se apresentar à polícia em São Jerônimo da Serra (norte do Paraná) nesta semana. Ele é acusado de matar com três tiros Adenilson da Silva Cruz, no último domingo.
Cruz era o líder de um grupo de posseiros que reivindica parte da reserva indígena Barão de Antonina, de 3.700 hectares, em São Jerônimo da Serra.
Os conflitos pela posse da área começaram em 1985, quando houve a demarcação da área indígena na região.
Na manhã de domingo, o índio Batarse teria sido agredido por Cruz no distrito de São João do Pinhal e, depois, revidado, disparando três tiros contra o posseiro, que morreu antes de ser socorrido.
Cruz era casado com uma índia caingangue expulsa da reserva por conflitos internos.
O administrador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Londrina, Joventino Domingos Aco, disse que o líder caingangue irá se apresentar à Polícia Civil "tão logo um advogado da Funai possa representá-lo".
Adenilson da Silva Cruz e outros cinco líderes dos posseiros respondiam a processos na Justiça Federal por invasão de terra e destruição de patrimônio da União.
Desde 6 de janeiro de 1996 -quando houve a primeira invasão-, o grupo liderado por Cruz invadiu seis vezes a área da reserva reivindicada por eles.

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