São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Infecção faz hospital de SP suspender parto
RITA NAZARETH
Segundo Magnoli, das 180 mulheres que conseguiam internação a cada mês na maternidade, apenas cem estarão se internando enquanto não for descoberta a fonte da bactéria. "Estamos atendendo apenas às mães prestes a dar à luz." A gestante Kelly Clein, 19, diz que, mesmo estando com dois dedos de dilatação, ou seja, prestes a ter seu bebê, não conseguiu ser internada ontem. "O médico disse que eu não poderia ficar porque havia uma infecção no hospital e agora eu não sei para onde ir", disse a gestante, que estava com tonturas quando saiu da maternidade. Segundo a secretaria, a bactéria foi encontrada na UTI infantil da maternidade, que está parcialmente desativada. Com capacidade para abrigar 76 bebês, a UTI só está alojando 16 e parou de receber recém-nascidos. "Os outros 60 foram tendo alta e a maternidade não internou mais nenhum." Demora e maus-tratos As mulheres que estavam ontem na fila de atendimento ginecológico da maternidade reclamavam do atraso dos médicos e da falta de educação dos funcionários. A dona-de-casa Aparecida Bueno, 39, disse que deu à luz há três semanas e que foi à maternidade para fazer um exame. "Estou com uma hemorragia e tive de esperar quase sete horas para ser atendida", diz Aparecida. "Quando fui reclamar à funcionária que algumas pessoas estavam passando na minha frente, ela me mandou calar a boca." Já a costureira Maria Vasconcelos diz que não vai permitir que a filha tenha o bebê na maternidade. "Ela só veio fazer uma ultra-sonografia", diz Maria. "Mas nesse hospital imundo minha filha não entra." A secretaria informa que a maternidade está no limite de sua capacidade de atendimento. Texto Anterior: Conheça o que diz a lei Próximo Texto: Bactéria atinge debilitados Índice |
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