São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Dersa quer proibir caminhões em rodovias
FABIO SCHIVARTCHE
Para os veículos de transporte de carga que descem a serra em direção ao litoral, a restrição seria na sexta-feira, entre as 16h e as 22h, e no sábado, entre as 8h e as 14h. Para quem trafega no sentido litoral-capital, a proibição seria entre as 14h e as 22h de domingo. Segundo o diretor de operações da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A, empresa que administra o sistema Anchieta-Imigrantes), Mário Fiamenghi, que vai levar a proposta à audiência de conciliação com o Ministério Público que discute a operação do sistema, os caminhões reduzem até 50% a capacidade de tráfego do sistema, no sentido litoral-capital. "O fluxo de veículos aumentaria de 1.700 para 3.100 veículos por hora, se retirássemos os caminhões nos horários de pico", disse Fiamenghi. Segundo a Dersa, trafegam pelo sistema cerca de 5.000 caminhões por dia, nos dois sentidos. Alguns, a velocidades muito baixas -cerca de 10 km/h-, o que reduz a capacidade da via. Fiamenghi diz que, caso conte com a simpatia do Ministério Público, a proposta será levada ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que teria poder legal para proibir a circulação dos caminhões. A Folha procurou o sindicato dos caminhoneiros de São Paulo na tarde de ontem para comentar a proposta, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. Caos na estrada Fiamenghi diz não ter havido erro na operação do sistema durante o final de semana, em que muitos paulistanos ficaram, por exemplo, mais de seis horas no carro para chegar a Santos, no litoral sul -uma viagem que, sem trânsito, demora uma hora. Motoristas disseram que os painéis luminosos instalados nas rodovias não indicavam que a situação estava tão ruim -com filas quilométricas no pedágio. Também afirmaram não ter encontrado funcionários da Dersa para dar informações e que havia poucos desvios para retornar à capital. Fiamenghi disse que tais problemas não ocorreram. "Fizemos tudo o que estava a nosso alcance, mas o grande fluxo de carros e a chuva dificultaram nossas ações." Sobre a briga com o Ministério Público (leia texto abaixo), ele manteve sua posição ao defender o uso do sistema 5x2 em finais de semana e feriados. "Vamos usar o esquema quando for extremamente necessário, mas estamos abertos a negociar e tentar uma conciliação", disse. Texto Anterior: Comissão para obter denúncias de corrupção exige identificação Próximo Texto: Acordo é improvável, diz promotor Índice |
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