São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
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Comissão para obter denúncias de corrupção exige identificação
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
Segundo Savelli, o denunciante deve se identificar, assinar a acusação e oferecer provas. "Não aceitaremos denúncias anônimas, por telefone ou acusações sem fundamento", disse. Questionado se a identificação obrigatória não poderia inibir os possíveis denunciantes, Savelli afirmou que "todo mundo corre riscos ao se expor, mas é preciso ser destemido". Savelli explicou que "só terá direito de cobrar punições o sujeito que fizer uma denúncia fundamentada, com o nome completo do acusado e se possível com imagens do flagrante". O secretário fez questão ainda de lembrar que a denúncia nominal pode inverter-se contra o próprio denunciante. "Quem fizer uma denúncia sem provas pode ser processado pela pessoa acusada." Foram indicados três "ouvidores" para apurar as denúncias de seus pares: Emídio Marques Mesquita, assessor de Savelli e ex-árbitro de futebol; Osvaldo Cuochi, ex-administrador regional da Lapa; e Paulo Manoel Gomide Ferreira, ex-regional de Santana. O secretário afirmou que todos são funcionários "acima de qualquer suspeita" e destacou principalmente o trabalho de Mesquita. "Ele foi juiz de futebol da Fifa", disse Savelli. "Portanto, é um homem do ramo. Pelo menos de irregularidades ele entende." Cuochi foi regional da Lapa -controlada pelo vereador José Izar (PFL). Ferreira administrou Santana por indicação do vereador Nelo Rodolfo (PPB). Savelli afirmou que confia plenamente na lisura das comissões que serão nomeadas em cada uma das 27 regionais para os mesmos fins. "Afinal, é interesse de todos provar que não existe nenhum esquema de corrupção", disse. (MRH) Texto Anterior: Paulistano sempre diz que são os 'outros' Próximo Texto: Dersa quer proibir caminhões em rodovias Índice |
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