São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997
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Bolsa acumula alta de 16% em três dias

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo embarcou ontem na onda de otimismo que tomou conta dos principais mercados da Ásia e Europa e também do mercado nova-iorquino e subiu 4,02%. Em três dias seguidos de alta, o Ibovespa acumula valorização de 16%.
No acumulado no ano, a alta do principal indicador do mercado paulista de ações é de 29%.
Em Nova York, as ações subiram ontem 1,66%, de acordo com o índice Dow Jones de 30 ações industriais.
Lá os investidores iniciaram o dia já com as notícias que vinham da Ásia: otimismo nos dois mais importantes mercados da região, com alta de 7,96% na Bolsa de Tóquio e de 4,5% na de Hong Kong.
Nos países do Sudeste Asiático, está animando os investidores a disposição dos governos locais e também do FMI (Fundo Monetário Internacional) de entrar com dinheiro para evitar o agravamento da crise financeira.
As ações negociadas em São Paulo chegaram a subir 5%, no melhor momento do dia, mas depois as cotações cederam um pouco, com muitos investidores preferindo realizar lucros.
O dólar comercial fechou ontem em queda. No mercado futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros), as cotações também recuaram -a moeda norte-americana para o dia 1º de janeiro caiu 0,16% no dia.
As taxas de juros projetadas no mercado futuro também recuaram um pouco -a taxa para dezembro caiu de 3,15% para 3,07%.
O volume de negócios fechados nos mercados futuros, no entanto, ainda continua pequeno, refletindo o fato de muitos investidores ainda estarem receosos em abrir novas posições depois das fortes oscilações das últimas semanas.
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima quarta-feira, redefinindo a taxa de juros básica (TBC), também está pondo água fria no mercado.
Fluxo cambial
O fluxo de dólares para o mercado interno continuou negativo na última sexta-feira, quando saíram US$ 195 milhões pelo câmbio flutuante e outros US$ 7 milhões pelo comercial.
No resultado acumulado no mês, também nos dois segmentos, o fluxo de dólar está negativo em US$ 1,5 bilhão.

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