São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mário Sérgio divide culpa por fracasso
LUIZ CESAR PIMENTEL
Em entrevista à Folha, o dirigente fala com reserva sobre contratações para 98 e antecipa que a torcida não tem méritos para cobrar. "Eu acho que o torcedor não tem razão nenhuma em reclamar de nada. Ele foi quem mais errou nesse processo todo. Houve certa injustiça com os jogadores. É claro que os jogadores têm culpa, mas houve desprestígio", diz. Sobre os erros cometidos pela torcida, Mário Sérgio assinala a falta de apoio à equipe. "O torcedor tem que dar a parcela de contribuição. E não deu. Depois de ter sido campeão paulista, no segundo jogo do Brasileiro já vaiava o time", censura. Investimentos, como o realizado em 97, quando o banco gastou cerca de US$ 25 milhões, estão fora de questão. "Contratações agora dependem do que nós vendermos. Se vendermos bastante, investiremos bastante. Não existe filantropia no futebol. Futebol é negócio." Quanto ao plano de profissionalização que o banco elabora para o clube, Mário Sérgio aponta avanços já realizados e diretrizes. "A base é a construção do CT, atacar divisões de base e ter um diretor de futebol remunerado, o que já acontece. O Paulo Angioni é esse homem. Mais profissionalização que isso não existe no país." Segundo o dirigente, aquisições só serão determinadas a partir da definição de um técnico. Candinho, com contrato até o final do ano, afirmou que não inicia o ano no comando do time. "Temos que sentar com a comissão técnica e decidir. O Candinho está aí e a gente não pode decidir nome de técnico tendo um contratado. Todas as contratações são sempre pedidas pelo técnico." Mário Sérgio considera antiético falar agora sobre o interesse em Wanderley Luxemburgo, nome preferido pelo banco para substituir Candinho. "A gente respeita o momento que vive o Santos e jamais faríamos uma interferência antiética." Porém uma transação está definida: a saída de Donizete. "A vontade é dele. Ele mesmo disse que tinha vontade de ir para o Botafogo e tal. Sempre que o jogador não estiver satisfeito, a gente estuda a negociação." Sobre a idéia de uma bolsa de jogadores, lançada pelo vice-presidente de futebol corintiano, José Mansur Farhat, atualmente licenciado, para que os clubes tenham facilidade na troca de atletas, Mário Sérgio mostra pessimismo. "Para que isso dê certo, é preciso que as pessoas que sentem à mesa sejam justas e honestas. Mas, quando isso acontece, sempre alguém quer tirar vantagem." Texto Anterior: Torcida culpa Farah e prepara defesa e ato público Próximo Texto: Rio pode ficar com o primeiro finalista Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |