São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997 |
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Rombo no Bamerindus é de R$ 5,6 bi
CARI RODRIGUES
Com o rombo apurado nas empresas não-financeiras do grupo, esse prejuízo alcança R$ 5,6 bilhões, apurou a Folha. O ex-controlador do Bamerindus, senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR), disse ontem à Folha que os números são "mentirosos". Segundo ele, o BC não considerou as garantias que o banco recebeu para liberação de empréstimos. "Eles desconsideram as garantias, por isso o rombo é tão grande", disse ele. Como exemplo, o senador citou um empréstimo de R$ 50 milhões que tinha como garantia um prédio no valor de R$ 40 milhões. O prejuízo nessa operação seria de R$ 10 milhões, conforme Andrade Vieira, mas a Comissão de Inquérito computou R$ 50 milhões, anulando o valor do prédio. Ele também contesta o prejuízo nas empresas não-financeiras. "O que aconteceu nas empresas é um reflexo da situação que ocorreu no banco", afirmou. "O prejuízo do banco não pode ser somado com o das empresas", disse ele. Cópias do documento foram entregues aos ex-administradores do banco para que contestassem os números detectados pelos técnicos do BC. Ontem, a assessoria de imprensa do BC informou que o trabalho das comissões costuma ser "muito rigoroso". Com isso, considera todos os créditos a receber e, assim, aumenta o passivo (dívida). Texto Anterior: BNDES abre linha para compra de ação Próximo Texto: Acordo leva à perda de soberania, diz Franco Índice |
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