São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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Medidas pretendem recuperar economia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo do Japão anunciou ontem um plano para recuperar a economia nacional -que, segundo analistas, deve crescer 0,2% em 1997, o pior resultado nos últimos quatro anos.
O pacote deve fazer com que o PIB do país tenha, de acordo com o governo, um incremento adicional de 1,2% ao ano, o equivalente a 6 trilhões de ienes ao ano, ou cerca de US$ 47,8 bilhões.
As medidas anunciadas ontem pelo governo são as primeiras desde 1995.
Ao contrário do que investidores e empresários esperavam, o plano não inclui a redução de impostos. Analistas avaliam, por isso, que as medidas terão pouco impacto no crescimento do país.
Déficit fiscal
"É necessário que o governo promova estas medidas a fim de eliminar a incerteza de empresários e consumidores sobre o futuro econômico", disse o primeiro-ministro Ryutaro Hashimoto ao apresentar o pacote ao conselho de ministros.
Hashimoto reconheceu que a atividade econômica japonesa estava "estagnada".
O premiê disse ainda que o governo não pode gastar recursos adicionais para incrementar a economia, pois a prioridade é reduzir o déficit fiscal.
O diretor geral da Agência de Planejamento Econômico do país, Koji Omi, disse confiar no efeito positivo das medidas, que serão capazes de gerar "várias dezenas de bilhões de ienes (moeda local) a médio e longo prazo".
Espera-se que, até dezembro, o governo anuncie posição final sobre impostos e outras medidas para estimular a economia.
Pequenas empresas
O pacote anunciado ontem pretende, entre outros objetivos, desregulamentar a economia, facilitar negócios imobiliários, apoiar pequenas e médias empresas, incentivar a tecnologia científica e mobilizar o setor privado do país.
O governo japonês decidiu ainda acelerar a realização de dois grandes projetos com ajuda da iniciativa privada: a construção de um aeroporto internacional no centro do país e de uma rede nacional de fibra ótica.
O governo se comprometeu ainda a abrir setores como os de telecomunicações, finanças e saúde.
A Bolsa de Tóquio recuperou 10,9% nos últimos dois dias diante da expectativa do anúncio de medidas do governo para salvar bancos em crise.
Ontem, o índice Nikkei -que reúne as principais ações negociadas- subiu 2,72%.

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