São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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Estilos geram "trombadas"

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

As entrevistas de Pedro Malan e Gustavo Franco a jornais argentinos mostram diferenças de temperamento e de experiência política entre os dois.
No "La Nación", o ministro da Fazenda reafirmou seu estilo diplomático. Falava a jornal de um país, a Argentina, que acaba de acertar um novo acordo polêmico com o FMI.
O presidente do Banco Central, no "Clarín", não recorreu a meias palavras: acordos com o FMI implicam "perda de soberania".
É verdade. E não há segredo nisso. Cartas de intenções com o FMI -e o Brasil assinou várias- amarram a política econômica.
Mas dizer isso na cara dos argentinos no mínimo causa constrangimento.
No Brasil, o confronto das entrevistas pode indicar divergências no governo.
O que parece ter pesado no episódio, entretanto, é o estilo de Franco. No auge do crash, ele ajudou a empurrar a Bolsa ladeira abaixo ao se dizer "perplexo".
Se existem divergências, não são irremediáveis. A parte mais difícil de eventual acordo com o FMI o governo já cumpriu com o pacote de R$ 20 bilhões.

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