São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 1997
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CD vai do sublime ao mais sublime

LÚCIO RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Adquirir "Urban Hymns", do Verve, é garantia de carregar para casa, no mínimo, a mais bela canção pop de 97. Obra-prima da construção roqueira, esmerada pela mente do engenheiro de melodias Richard Ashcroft, "Bitter Sweet Symphony" abre o disco com a relevância de quem foi o hino máximo do último verão inglês.
A sinfonia agridoce do Verve é a responsável pela introdução do violino e de violoncelo em toda pista de dança britânica que tocou música pop neste ano.
A orquestração, sampleada da canção "The Last Time", dos Stones, serve de base para Ashcrof desfilar seu vocal de desespero pop: "Bem, eu nunca rezei, mas esta noite eu ficarei de joelhos, sim/Eu preciso ouvir alguns sons que reconheçam a dor em mim/Deixo a melodia clarear minha mente/Sinto-me livre agora".
A sincera balada "The Drug's Don't Work" é onde Ashcroft dá o recado, de experiência própria: "Agora as drogas não funcionam mais, apenas deixam você pior".
O lirismo do Verve, despejado ainda em músicas como "Sonnet", "Lucky Man" e "Come On", atesta: "Urban Hymns" já se faz clássico. Ashcroft também possui uma mão que balança o berço da música pop deste planeta.
(LR)

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