São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Boa vontade substitui obra antienchente

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem obras concluídas que eliminem ou reduzam as enchentes e deslizamentos em São Paulo, Estado e prefeitura apelaram para a boa vontade dos órgãos de emergência para atenuar o efeito das chuvas que devem atingir a capital até março do ano que vem.
Ontem, quatro órgãos de emergência reuniram-se na sede do governo estadual para azeitar a troca de informações. Estiveram presentes CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Daee (Departamento Água e Energia Elétrica) e Defesas Civis estadual e municipal.
O objetivo é acelerar a previsão da ocorrência de chuvas, melhorar o acompanhamento dos rios e córregos e agilizar as ações de prevenção e emergência.
A Defesa Civil estadual pôs à disposição dos demais órgãos um serviço de meteorologia que pode prever com até quatro horas de antecedência a ocorrência, intensidade e direção de chuvas. A previsão é baseada em informações fornecidas pelo radar do Daee.
Rosângela Rizani Lopes, 41, meteorologista contratada pela Defesa Civil, elabora cerca de 15 boletins diários. "Dá para prever em que região da cidade vai chover e a intensidade da chuva", diz ela.
As previsões servem ainda para prever deslizamentos na Baixada Santista e litoral norte de São Paulo e cheias no vale do Ribeira. Ao todo, 15 postos da Defesa Civil no Estado recebem os relatórios.
"Com a previsão, podemos deslocar as equipes para os pontos críticos de deslizamento. Mesmo porque, depois que chove, ninguém mais se desloca na cidade", disse o diretor da Defesa Civil, major Ricardo Jacob.
O Daee, por sua vez, vai pôr à disposição os dados dos equipamentos instalados no rio Tietê e que monitoram o nível da água em três pontos. Segundo José Bernardo Ortiz, superintendente do departamento, até março outros quatro monitores serão instalados, e os atuais, reformados, com R$ 500 mil obtidos do governo.
"Toda informação é positiva em um momento de emergência", diz Celso Buendía, coordenador da central de operações da CET. Anteontem, ele reuniu-se com Dersa e NovaDutra, empresa que administra a via Dutra, para discutir trajetos emergenciais para o tráfego que chega e sai de São Paulo pelas estradas.

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