São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 1997
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Inquérito investiga anúncio da Amil

DA REPORTAGEM LOCAL

A Amil, uma das maiores empresas de plano de saúde do país, terá que provar ao Ministério Público que não fez publicidade enganosa ao veicular uma campanha pela TV centrada no resgate do ex-campeão de automobilismo Emerson Fittipaldi, depois que ele e seu filho sofreram um acidente com um ultraleve perto de Araraquara, no interior de São Paulo.
O promotor de Justiça do Consumidor Marco Antonio Zanellato abriu ontem um inquérito civil para investigar o caso e determinou que uma notificação fosse entregue à direção da Amil, para que a empresa retire a campanha do ar ou prove que os anúncios não são enganosos.
Procurada pela Folha, a direção da Amil informou que não havia recebido até o final da tarde de ontem a notificação e que, portanto, não poderia se manifestar. Dois dos anúncios da série com Fittipaldi já deixaram de ser veiculados porque, segundo a empresa, estava prevista sua substituição por dois filmes mais curtos. A assessoria de Fittipaldi também preferiu não se manifestar.
Zanellato explicou que existem muitos indícios de que o resgate de Fittipaldi foi feito pelos bombeiros e não pela Amil, como deixa entender a campanha publicitária. Se a empresa não se defender e mantiver a campanha, poderá ser aberta uma ação contra ela, baseada no Código de Defesa do Consumidor.
Além do inquérito civil iniciado ontem, a campanha publicitária da Amil (criada por uma agência controlada pelo próprio grupo) é alvo de um processo no Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária).
O processo foi aberto depois que o Conar recebeu uma reclamação do Corpo de Bombeiros afirmando que o resgate de Fittipaldi do local do acidente foi feito por eles e não pela Amil, explicou Ivan Pinto, presidente do Conar.
O processo no Conar poderá ser julgado em regime de urgência nas próximas duas semanas e não há conflito com o inquérito aberto pelo Ministério Público.

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