São Paulo, sábado, 22 de novembro de 1997
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Supermercados elevam preços em 1,29%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços médios praticados pelos supermercados de São Paulo subiram 1,29% nesta semana, a maior taxa desde dezembro de 96. Já nos hipermercados, que registraram retração de 0,36% na semana passada, os preços aumentaram 0,6%, conforme pesquisa do Datafolha.
Omar Assaf, presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), diz que essa alta não é efeito das recentes medidas econômicas tomadas pelo governo, mas apenas ajustes nas listas de produtos em promoção. "É uma alta sazonal", diz ele.
A pesquisa do Datafolha mostrou que os maiores reajustes de preços ocorreram entre os alimentos matinais, hortifrútis e artigos de higiene e de limpeza.
Para Assaf, o susto com relação às medidas já passou e agora os supermercadistas têm de apenas administrar os efeitos dessas medidas. O momento não é de aumentos de preços, em vista do desaquecimento da economia, afirmou.
Mas alguns produtos vão continuar em alta, admite Assaf. Os derivados de soja -como óleo e margarina- e arroz só devem interromper os reajustes após fevereiro, com a oferta de produtos da nova safra.
No caso da soja, o país aproveitou os preços altos do mercado internacional e elevou o volume exportado neste ano. Dados da SGS do Brasil S/A indicam alta de 135,5% nas exportações de janeiro a outubro de 97, em relação ao mesmo período de 96.
Os supermercados já entram no ritmo de fim de ano. Os produtos de Natal começam a aparecer nas prateleiras, mas os consumidores devem pesquisar antes de comprar porque as próprias redes ainda estão indecisas quanto ao patamar dos preços. Assaf diz que só daqui a 20 dias os preços vão estar mais equilibrados nos supermercados.
Os preços desses produtos, no entanto, devem ser iguais ou ficar abaixo dos registrados no ano passado. Para ele, as redes adquiriram maior experiência na compra e comercialização desses produtos. Além disso, há maior oferta.

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