São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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Estatal quer chegar à F-1

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Efeito direito da saída de Marlboro e Brahma do automobilismo nacional, nada menos que 200 pedidos de patrocínio foram recebidas pela Petrobrás nas últimas semanas.
A estatal petrolífera, que investe em esporte a motor há dois anos, tem um tentador orçamento para 1998: US$ 11 milhões, exatamente o dobro do que foi despendido nesta temporada.
O valor não representa nem 10% do que será gasto com publicidade pela empresa no próximo ano.
Em 97, 12 pilotos, entre eles Ricardo Zonta, campeão da F-3.000 na Europa, e quatro categorias (nacionais e sul-americanas) mereceram apoio.
Esses números não devem crescer muito no ano que vem. Primeiro, porque os critérios de seleção, segundo a Petrobrás, são rigorosos -o que vem suscitando ciumeiras no mercado.
Segundo porque a empresa tem um objetivo que pode ser alcançado já na temporada de 98: a F-1.
A idéia da estatal, porém, não é fazer publicidade, mas adquirir tecnologia, se associando a laboratórios que frequentam a categoria.
Em níveis bem mais modestos, já faz isso no Sul-Americano de Superturismo (que realiza hoje etapa em São Paulo), disputado apenas por modelos importados, com os quais desenvolve sua gasolina aditivada.
A empresa nega qualquer pretensão imediata com a F-1. A Folha apurou, no entanto, que uma decisão nesse sentido pode ser tomada até o final do ano.
(JHM)

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