São Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997 |
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Conheça os novos Puma e Mondeo V6
HENRIQUE SKUJIS
Os dois têm propostas distintas. Enquanto o Fiesta é um carro urbano, que pode agradar a todas as idades, o Puma vem para satisfazer o público mais jovem. A primeira diferença está no visual. Enquanto o Fiesta traz linhas modernas que não empolgam, o Puma é um show de design. Na dianteira, os faróis, formados por três pequenas lâmpadas, lembram os olhos de um puma. Além do desenho, o que mais atrai no carro é o desempenho. O motor 1.7 de 16 válvulas oferece 125 cavalos. Toda essa potência precisa carregar apenas 1.039 kg. As arrancadas, as retomadas agressivas e as altas velocidades, que são alcançadas rápida e facilmente, divertem quem gosta de esportividade. Segundo a Ford, o Puma alcança 203 km/h e vai de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos. Quem provar esse motor perceberá que não é só na esportividade que ele se impõe. É um motor que não deixa a desejar em baixas rotações -regime muito usado no trânsito das cidades-, já que mais de 85% do torque (força) está disponível a partir das 1.500 rotações por minuto. Para aumentar ainda mais a esportividade, o Puma recebeu uma relação de marchas mais curta. Além disso, os engates, apesar de duros, são curtos e precisos. No tamanho, o Puma também supera o Fiesta -3,98 m contra 3,83 m. Mas o espaço interior não é o forte do pequeno esportivo da Ford. O Puma é um chamado 2+2, que traz, além dos dois bancos dianteiros, mais dois lugares atrás. Os dois passageiros traseiros, no entanto, precisam se retorcer para conseguir acomodação: há pouco espaço para a cabeça e para as pernas. Mais: o porta-malas só carrega a bagagem de duas pessoas. A Ford pensa em importar o Puma, mas não sabe ainda como contornar, no curto prazo, o alto preço. Ao ser questionado sobre a possibilidade, Ivan Fonseca, presidente da Ford do Brasil, perguntou: "Você pagaria R$ 36 mil em um Puma?" Na Europa, o modelo é vendido por R$ 18 mil. Esse preço alto, muito acima dos R$ 25 mil que a GM pretende cobrar pelo Tigra é causado pela metamorfose feita no carro em relação ao Fiesta. O motor, além de maior, recebeu um revestimento de níquel, que o torna mais resistente. A suspensão também foi reforçada. Mondeo V6 O Mondeo com motor V6, que a Ford vai importar para o Brasil a partir de junho de 98, vai custar cerca de R$ 50 mil. É o mesmo preço cobrado pelo luxuoso Taurus, seu irmão maior. Além do preço, o Mondeo também terá um motor semelhante ao do Taurus, o Duratec 2.5 V6 com 24 válvulas e 170 cavalos. O propulsor deixou o Mondeo valente. Para recuperar velocidade, no entanto, o carro não mostra tanta bravura. É preciso acelerar fundo, ter paciência e esperar o motor "encher" e o carro deslanchar. Mas o melhor é a suavidade. O carro roda macio, e o ruído é quase imperceptível. Em relação ao Mondeo vendido no Brasil, que tem motor 2.0 de 16 válvulas, a versão V6 traz algumas modificações estéticas, como rodas mais esportivas e aerofólio traseiro, além de saias laterais. O repórter Henrique Skujis viajou a convite da Ford Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: EUA aprovam botão que desliga airbags Índice |
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