São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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O que o auditor não fez

CONCLUSÕES DO PARECER QUE RECOMENDOU A ABERTURA DO PROCESSO

. A Ernst & Young conhecia plenamente a difícil situação do Econômico. A instituição deveria estar com plano de regularização acompanhado pela auditoria independente, por exigência do BC.
. Para prevenir usuários, o auditor deveria ter enfatizado, no parecer do balanço de junho de 95, a evidência de riscos e dificuldades enfrentadas pelo Econômico.
. O Econômico estava com problemas de caixa e já havia recorrido ao BC. Caberia à auditoria fazer exames mais profundos.
. O patrimônio líquido do Econômico estava comprometido com investimentos em empresas coligadas ou controladas num nível que exigiria, por lei, a publicação de balanços consolidados (de todo o grupo). O que não foi acatado pelo Econômico, nem evidenciado pela auditoria.
. O Econômico buscou socorro junto a outras instituições financeiras. Pelo volume, as operações deveriam ter sido evidenciadas em quadro próprio no balanço
. Caberia ao auditor explicitar as dificuldades do Econômico para renovar os Certificados de Depósitos Interfinanceiros.
. O auditor não registrou -em seu parecer, no balanço -as evidências de riscos na continuidade normal dos negócios do banco.

Fonte: "Parecer técnico sobre as publicações das demonstrações contábeis e financeiras do Banco Econômico". Relatores: Fernando José Villas Boas (CRC-BA) e Gutembergue Mesquita (CRC-PE)

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