São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997![]() |
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A campainha e a vaidade A sessão do Congresso para interpelar os ministros sobre o pacote se arrastava por horas. Havia seis dezenas de inscritos para falar. Cada parlamentar tinha direito a cinco minutos, réplica e tréplica. O senador Antonio Carlos Magalhães presidia a sessão com a mão na campainha. Qualquer um que excedesse seu tempo era cortado pelo barulho da sineta. Nem o ministro Antonio Kandir escapara ao gongo de ACM. Até que chegou a vez do deputado Haroldo Lima (PC do B-BA). Adversário do presidente do Senado, o comunista baiano excedeu o tempo e foi interrompido pela campainha. Pediu mais um minuto e meio. Ganhou só um. Aí o deputado usou uma arma inesperada: - Como disse Rui Barbosa, o baiano mais ilustre... Parou, fixou ACM e emendou: - O mais ilustre do passado. Todos riram muito e Lima pôde prosseguir falando por vários minutos. Sem campainha. Texto Anterior: Escravos de Jó; Tira, põe,...; ...deixa ficar; Sumidouros; Na calada da noite; Cadê o meu?; Nada a acrescentar; Alucinação militante; Jogo de raposas; Jogada pró-FHC; Prontos para atirar; Isolamento; Antecedente perigoso; A conferir; Trator malufista; Retaguarda fechada Próximo Texto: Clinton só deve tentar obter de novo o 'fast track' em 99 Índice |
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