São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mulher sabe menos sobre doença venérea Aids é mal mais conhecido AURELIANO BIANCARELLI
Perguntadas sobre as doenças transmitidas pelo sexo que conheciam, apenas 30% citaram a sífilis, 35% fizeram referência à gonorréia e menos de 5% lembraram-se do condiloma (a verruga genital), do cancro mole e de outras "doenças venéreas". Quase todas as mulheres -cerca de 85%- já tinham ouvido falar sobre a Aids e até sabiam como pode ser evitada. O que elas não sabem é que as DSTs são a principal porta de entrada para o HIV. Estudos estimam que uma pessoa portadora de doença sexualmente transmissível tem entre 20 e 40 vezes mais chance de pegar Aids. Entre as entrevistadas, 24% disseram ter tido alguma DST nos últimos 12 meses. Cerca de 80% delas não souberam identificar a doença, e 54% informaram não ter feito nada para proteger o parceiro. Os homens não sabem muito mais. Cerca de 64% não fizeram referência à sífilis, e 32% não souberam o que é a gonorréia. Outro dado da pesquisa -o que se refere à camisinha- vem reforçar a tese de que apenas informação não muda comportamento. Cerca de 81% de homens e mulheres citaram o preservativo como uma das formas de se evitar a Aids. Perguntados se usaram camisinha na última relação, 30,8% dos homens e 11,4% das mulheres disseram que não. Entre as mulheres de baixa ou nenhuma escolaridade, só 5% disseram ter usado. O estudo da Bemfam divulgado agora é o último dos módulos da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde realizada em 96. O questionário foi elaborado por um comitê científico que incluiu instituições como a fundação Seade de São Paulo e a Joaquim Nabuco, do Nordeste. A análise sobre DST-Aids teve a parceria do Aidscap-Brasil, Associação para a Saúde da Família e o apoio da Usaid. Texto Anterior: Bolsa atende 44 mil alunos Próximo Texto: 'Doutor camisinha' distribui 300 por dia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |