São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PR não tem rebeliões há 8 anos

FERNANDO MENDONÇA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O Paraná tem 4.500 presos nos nove presídios administrados pelo Depen (Departamento Penitenciário do Estado). Neste ano, nenhum deles fugiu. No ano passado, houve apenas três fugas, e a última rebelião aconteceu há oito anos.
As informações são do coordenador em exercício do Depen, Flávio Buchmann.
Segundo ele, o sistema penitenciário paranaense "ainda não é uma caldeira em ebulição", como no resto do país, apesar de já estar com a capacidade de lotação superada.
Buchmann disse que as nove unidades do Depen foram projetadas para abrigar 2.314 presos. "Mas elas têm capacidade 'real' para até 3.984 pessoas", afirmou ele. Pelas suas contas, estão "sobrando" 516 presos no Paraná.
Cerca de 2.000 funcionários são responsáveis pela manutenção dos presídios paranaenses. Destes, cerca de 1.300 são agentes penitenciários com salário inicial de R$ 1.000. A média é de R$ 1.200, afirma Buchmann.
A Secretaria da Justiça do Paraná gasta entre R$ 300 e R$ 360 por mês para cada um dos presos no Estado.
Um aluno da rede estadual de ensino custa à Secretaria da Educação R$ 31 por mês.
As nove unidades administradas pelo Depen estão em Curitiba (3), Piraquara (3), Pinhais (1), Londrina (1) e Maringá (1). A mais populosa é a Penitenciária Central, em Piraquara, com 30% da população carcerária paranaense.
Esse é o terceiro maior presídio do Brasil, perdendo somente para a Casa de Detenção de São Paulo e para a Penitenciária Central de Porto Alegre. Foi em Piraquara que aconteceu a rebelião de 89, última do Estado.

Texto Anterior: Governo aposta em "mutirão"
Próximo Texto: Presídios terão 240 detentos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.