São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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Em 66, houve fotos e despedida

ROGÉRIO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

Na última vez em que o Brasil devolveu à Fifa uma taça de campeão do mundo, não houve sigilo ou esquema máximo de segurança.
No dia 4 de janeiro de 1966, a taça Jules Rimet foi levada a Londres pelo diretor da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) Luís Murgel para o sorteio das chaves do Mundial daquele ano.
Antes do embarque, o próprio presidente da CBD, João Havelange, posou ao lado do troféu.
No dia seguinte, Luís Murgel o entregou em mãos ao então presidente da Fifa, o inglês Stanley Rus.
Na época, a taça havia permanecido aqui por quase oito anos, devido às conquistas de 1958 e 1962.
Empolgados com a possibilidade de uma terceira vitória consecutiva na Copa da Inglaterra, os dirigentes brasileiros já se preparavam para ficar em definitivo com a taça.
Alguns deles defendiam a criação de um novo troféu, com o nome Winston Churchill, em homenagem ao ex-premiê britânico.
Roubos
Pouco depois de devolvida pela CBD, a Jules Rimet desapareceu depois de ter sido roubada enquanto permanecia em exposição na Inglaterra.
A taça foi encontrada enterrada ao pé de uma árvore por um cachorro, de nome Pickles, condecorado pela polícia britânica.
Em 1983, a polícia brasileira não teve tal sorte. Depois de levada por ladrões da sede da CBF, onde era mantida exposta atrás de um vidro, a taça foi derretida.
(RS)

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