São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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Placar da reforma administrativa; Circo municipal; Hospitais psiquiátricos; 51 medidas; Mais um banco público?; Lucratividade da Petrobrás; Mau exemplo; É demais!; "A Trégua"; Imprevidência social

Placar da reforma administrativa
"Como leitor da Folha, fiquei muito satisfeito com a edição de 20/11 pela publicação do placar da reforma administrativa. Precisamos de menos conversa e mais ação para construir um Brasil um pouco mais sério e justo."
Valdir Schiochet (Guarulhos, SP)

Circo municipal
"Sob o título 'Circo municipal', insere-se na edição de 21/11 da Folha editorial lançando críticas ao Serviço Especial de Atendimento aos Munícipes.
Melhor caberia como título do editorial a expressão 'Cerco municipal' em vez de 'Circo municipal', e que seu conteúdo fosse construtivo, visto tratar-se de iniciativa séria, imune a comentários infundados.
A apuração de faltas funcionais depende de provas e, ademais, identificação do acusador para que a comissão tenha o mínimo de condições para a denominada averiguação preliminar.
O texto do editorial da Folha é esclarecido e contraditado pela notícia da 'Folha da Tarde'. O editorial enfatiza: 'Como se não bastasse, no seu primeiro dia de funcionamento a ouvidoria não funcionou. Não havia espaço físico nem pessoal treinado para a função'. Enquanto que a 'Folha da Tarde', também edição de 21/11, destaca: 'Ouvidoria recebe seis denúncias'."
Alfredo Mário Savelli, secretário das Administrações Regionais (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O jornal mantém a opinião de que o Serviço de Atendimento aos Munícipes vai apenas intimidar os que tenham queixas contra a administração. De resto, o editorial afirmou que o serviço não funcionou na quarta-feira, quando deveria, segundo o secretário Savelli, estar a 'pleno vapor', e não na quinta-feira.

Hospitais psiquiátricos
"Causou-nos estranheza a afirmação do psiquiatra Nacile Daud Júnior, nas reportagens intituladas 'HC reage e defende hospital psiquiátrico' e 'Atendimentos aumentaram', publicadas dia 2/11, segundo as quais os hospitais psiquiátricos respondem por 1.200 mortes anuais, provocadas não pela doença mental, mas pela tensão da internação, separação da família, maus-tratos e uso de eletrochoques.
Como representante da categoria dos hospitais, entre eles os psiquiátricos, proponho a esse profissional trazer a público estudos que comprovem tão elevado índice de mortes."
Dante Montagnana, presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

51 medidas
"O fim das isenções de impostos para um determinado tipo de instituição de ensino traz a possibilidade de correção de uma distorção.
Se é justo preservar o direito de aplicar o dinheiro proveniente das isenções e contribuições patronais em atividades de assistência social, isto não deve acontecer para aquelas instituições que desse direito se aproveitam para outras finalidades, tais como reduzir os valores das mensalidades."
Sylvio Gomide, presidente do Grupo Associação de Escolas Particulares (São Paulo, SP)
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"Há dois meses venho pesquisando os financiamentos disponíveis para o trabalhador de baixa renda -no meu caso, cinco salários mínimos- para adquirir a tão sonhada casa própria, mas constato que apesar de algumas oportunidades, ainda fico temerário para assumir um contrato de longo prazo. A moeda está estabilizada, mas os pilares de sustentação se mostram muito frágeis."
Mauricio Lourenço da Silva (Taboão da Serra, SP)
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"Seria adequado, neste momento de grande dificuldade que nosso país enfrenta, um agradecimento a alguns homens que realmente se dedicam à vida pública nacional com desprendimento e integridade: Pedro Malan, Gustavo Franco, Gustavo Loyola, Edmar Bacha, Pérsio Arida, José Roberto Mendonça de Barros, Francisco Lopes, Pedro Parente e Fernando Henrique Cardoso."
Ricardo Tavares Ferreira da Silva (São Paulo, SP)
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"Explicando o pacote, o sr. Kandir disse que não há motivo para preocupações e que não haverá nenhuma surpresa desagradável. O Kandir que disse isso não é aquele mesmo que há alguns anos trabalhava com a Zélia e poucos dias antes do confisco foi à imprensa dizer que não havia motivos para preocupações, que o governo não iria fazer nenhuma surpresa desagradável?"
Daniel Rogerio Machado de Avila (Porto Alegre, RS)
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"São vários planos econômicos que causam a mesma coisa: prejudicam os excluídos e mantêm os privilégios dos que já tem tanto."
Oscar Fernandes Filho (São Paulo, SP)

Mais um banco público?
"Há uns três meses, o presidente Fernando Henrique falou na criação do Banco da Terra. Mais recentemente, Gustavo Franco, do Banco Central, sugeriu que R$ 480 milhões, oriundos de contas bancárias não recadastradas, sejam destinados ao Banco da Terra.
Para atuar junto à sofrida classe de agricultores, só faltam recursos financeiros com juros baixos. A estrutura bancária está apta a emprestá-los."
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)

Lucratividade da Petrobrás
"Mais uma vez o sr. Roberto Campos se utiliza da sua coluna para atacar a Petrobrás (edição de 16/11). É óbvio que a lucratividade apurada nos balanços da Petrobrás é inferior à de muitas empresas. Ocorre que, como se sabe, os derivados produzidos pela Petrobrás não são remunerados a preços de mercado e sim por um valor único que é fixado pelo governo."
Maria Inez da Silva de Souza Carvalho (Salvador, BA)

Mau exemplo
"Quer dizer então que mulher de ilustre deputado e funcionária do governo federal não precisa assinar o ponto? É por isso que os demais funcionários públicos -que ganham mal, assinam ponto e trabalham- são tão malvistos pela população."
Claudio Cesar Lopes (Piracicaba, SP)

É demais!
"Indignação é a única palavra que me ocorreu quando me deparei com a notícia 'Prefeito do PR quer sexo e procriação'. Proibir a venda de preservativos quando se luta contra o horror da Aids e incentivar a ida aos motéis de maiores de 14 anos é demais! Onde estão as cabeças pensantes deste país?"
Edith de Oliveira Azevedo (São Paulo, SP)

"A Trégua"
"Cumprimento a articulista Marilene Felinto por sua corajosa referência ao (lamentável) filme 'A Trégua', escolhido pelo público como o vencedor da Mostra de Cinema de São Paulo.
Aos que a acusam de não o ter analisado segundo critérios cinematográficos, é bom lembrar que há diferenças entre uma crítica de cinema e um simples comentário sobre um fato (no caso, a escolha do público da mostra). Aconteceu, porém, de o público elegê-lo o melhor, bem revelando seus critérios, cegos porque estritamente emocionais. Aos que o fizeram convém lembrar que todo o sofrimento do mundo (por si só) não é o bastante para a elaboração de uma obra de arte."
Marcos Castro (São Paulo, SP)

Imprevidência social
"Diz-se que para cada dois contribuintes na ativa há um beneficiário da Previdência Social.
Só não se informa que o sentido de previdência não é isso, ou seja, trata-se de um regime capitalizado. Na realidade, o beneficiário de hoje nada tem com o contribuinte da ativa."
Norberto dos Anjos da Silva Filho (Rio de Janeiro, RJ)

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