São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997
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Parque proíbe motor e promove exercício

EMANUEL NERI
DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL

Desde que foi aberto, em setembro, o parque das Dunas foi visitado por mais de 40 mil pessoas -a maioria estudantes de escolas locais. Mas o parque também está virando atração para o emergente turismo local.
Ao contrário das dunas de Genipabu, uma das principais atrações da cidade, o parque das Dunas não pode ser visitado por turistas motorizados. Passeios, ali, só a pé. Buggy, veículo adaptado para passear sobre as dunas, nem pensar.
Por ser uma unidade de preservação ecológica, o parque só permite visitas monitoradas. Uma equipe de biólogos está à disposição dos visitantes durante todo o dia, de terça a domingo -na segunda-feira, o parque fica fechado.
Cada biólogo acompanha um grupo formado por no máximo 50 turistas. As visitas são feitas por trilhas que cortam o parque em direção ao mar. A maior delas, a Ubaia Doce, tem 4.174 metros (ida e volta). A menor, Peroba, tem 2.800 metros (ida e volta).
Para crianças menores de dez anos, há uma terceira opção -a trilha Perobinha, de 600 metros.
Há uma quarta trilha, a Catolé, para os ecologistas mais afoitos e de maior preparo físico. Ela liga as trilhas Peroba e Ubaia Doce. Seu percurso total, parte dele com o mato bastante fechado, é superior a 5.000 metros.
Em todas as trilhas, o maior problema para o turista desacostumado com esse tipo de aventura são o calor e as subidas íngremes das dunas. A areia mole cansa bastante.
Para qualquer tipo de visitante, a direção do parque faz dez tipos de recomendações que considera indispensáveis para o percurso das trilhas. A primeira é a utilização de roupas leves e confortáveis, além do uso de tênis ou botas.
O turista também tem de entrar nas trilhas munido de cantil com água, além de usar boné ou chapéu para se proteger do sol. Durante todo o percurso, é proibido colher flores, frutas, sementes, bem como mexer com pássaros e animais.
Apesar do esforço físico e da imensa lista do que é permitido ou não fazer, vale a pena a visita ao interior do parque.
O percurso demora por causa das explicações -quase aulas- dadas pelos monitores, em sua maioria estudantes de biologia da universidade local.
Depois de quase uma hora de percurso, se a opção for pela trilha menor, o visitante vai ficar impressionado com a beleza do encontro das dunas com o mar. No final de cada trilha, há mirante para o turista ver o mar e as dunas.
A entrada custa R$ 2. Se ficar apenas no bosque dos Namorados, parque menor que dá acesso às trilhas, o preço é de R$ 1. Menores de cinco anos e alunos das escolas públicas não pagam. Grupos com mais de 25 pessoas têm 50% de desconto. (EMANUEL NERI)

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