São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 1997![]() |
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Faraó ajuda governo a recuperar turismo
SÉRGIO DÁVILA
Neste inverno egípcio (verão brasileiro), as autoridades prometem reabrir para visitação a tumba do faraó Ramsés 6º (20ª dinastia, 1200 a.C.-1085 a.C.), há muito fechada, cujas paredes trazem gravuras com o "Livro das Portas", o "Livro das Cavernas" e o "Livro do Dia e da Noite". O túmulo é mais um entre as dezenas de tumbas que os faraós da 18ª dinastia em diante (1580 a.C.-1314 a.C.) depositaram no vale dos Reis, nas colinas de Tebas (antigo nome de Luxor). Ficam do lado ocidental do Nilo, onde o sol se põe, chamado de "lugar da verdade" -os antigos acreditavam que os vivos deviam morar na margem do Nilo onde o sol nasce e enterrar os mortos no lado oposto. É no vale dos Mortos que ficam as tumbas de Ramsés 4º, com suas gravuras em tom pastel, e de Seti 1º, a mais impressionante, que tem teto com detalhes de astronomia, atualmente fechada à visitação. É lá também que a tumba de Tutankhamon foi descoberta, em 1922, a única a ser achada intata, com todos os seus tesouros. O feito é do britânico lorde Carnarvon e do egiptólogo Howard Carter, que levaram quase dez anos só para esvaziá-la -a maior parte dos objetos está entre o Museu Egípcio, no Cairo, e o Museu Britânico, em Londres. Em 1926, Carnarvon foi picado por um mosquito no rosto; o machucado infeccionou e, algumas semanas depois, ele morreu. Como a mordida foi no mesmo lugar em que Tutankhamon tinha um machucado, começou a se falar na "maldição do faraó". Texto Anterior: Templo de Karnak é o melhor de Luxor Próximo Texto: Invenções egípcias usadas até hoje Índice |
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