São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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Ato reúne 700 pessoas em Belém

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Um grupo de trabalhadores rurais sem terra do nordeste do Pará chegou a pé, anteontem à noite, a Belém e acampou na principal praça do centro da cidade.
Eles representam 1.319 famílias, ou cerca de 7.000 pessoas, que invadiram a reserva indígena do Alto Rio Guamá, em Garrafão do Norte (180 km a leste de Belém).
Os 700 acampados, segundo os organizadores do protesto (cerca de 400, segundo a polícia), exigem a posse da área invadida ou alternativas para assentamento. Esses trabalhadores não são ligados ao MST.
Segundo a Funai, os cerca de 3.000 timbiras, tembés e caapós que vivem na área tiveram invadidos, nos últimos 20 anos, aproximadamente 60% dos 279 mil hectares da reserva.
Essa área é equivalente a duas vezes aquela ocupada pelo município de São Paulo.
Água, luz e telefone Há pelo menos 50 vilas de invasão. Algumas têm até energia elétrica, água e posto telefônico.
A chefe da Divisão Fundiária da Funai em Belém, Edna Ferreira, disse que a área é demarcada, homologada e registrada em cartório, e as famílias têm de sair.
O Incra tenta levar os agricultores para dois assentamentos na região. Mas eles reclamam que, num deles, só cabem 250 famílias. No outro, os sem-terra se queixam do terreno alagadiço.

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