São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Professor quer mandato menor

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os especialistas ouvidos pela Folha propuseram a criação de algumas restrições e normatizações para a atuação dos prefeitos a fim de evitar ou minimizar o processo de endividamento municipal.
Uma das medidas mais citadas foi a divulgação de forma clara e constante do valor da dívida das cidades, discriminando o perfil dos débitos (dizendo o que é dívida de curto e de longo prazo) e os juros pagos pelos empréstimos.
Essa medida teria caráter educativo para a população, que ficaria informada das finanças municipais e poderia cobrar mais racionalidade administrativa.
Outra idéia defendida foi obrigar os prefeitos a pagar, durante sua própria administração, parte das dívidas que eles mesmos fizeram. Dessa forma, os prefeitos poderiam ser mais responsáveis nos pedidos de empréstimos.
Uma proposição heterodoxa foi apresentada pelo professor Roy Martelanc, da FEA-USP. Ele defendeu a idéia de que poderiam ser realizadas eleições para prefeito a cada dois anos, com direito a mais de uma reeleição.
"Dessa forma, a população não precisaria esperar quatro anos para se livrar de um prefeito que estivesse fazendo uma administração desastrada", disse Martelanc.
Segundo o professor, a alteração de calendário nas eleições não provoca necessariamente descontinuidade administrativa. "O prefeito é um grande zelador, que pode ser mudado a cada dois anos."
(MP)

Texto Anterior: Prefeitos fecham 1º ano em 'concordata'
Próximo Texto: Freio nos gastadores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.