São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997 |
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Entidades lançam órgão contra violência
DA REPORTAGEM LOCAL Foi lançado ontem em São Paulo o Instituto São Paulo Contra a Violência, entidade não-governamental formada por entidades empresariais, esportivas e universidades.O objetivo do instituto é colaborar com o governo estadual para a redução da violência. A entidade vai propor programas e alternativas de combate à violência que poderão ser usados pelas Polícias Civil e Militar. Um primeiro diagnóstico da violência será preparado em 120 dias. O governador Mário Covas esteve presente no lançamento do instituto, na Federação do Comércio do Estado de São Paulo. "A formação desse instituto mostra que a tarefa de combate à violência ultrapassa os limites do Estado. O governo recebe esse movimento com enorme satisfação porque seu objetivo não é confrontar com o aparelho do Estado, mas complementar, propondo ações e monitorando o aparelho policial", disse Covas. Para o presidente do instituto, Eduardo Capobianco, coordenador do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), a violência em São Paulo "adquiriu características de epidemia". "Por isso, a classe média busca refúgio no interior e a classe rica, em Miami (EUA)." "Nosso objetivo é colaborar com o Estado. Primeiramente, queremos que haja um aumento da eficiência da polícia. Em segundo lugar, pretendemos criar uma rede articulada de entidades que tratam diretamente com a população para identificarmos os principais problemas que geram violência", acrescentou. O "desejo" do instituto é que a implementação de novas propostas possa diminuir em 40% o número de homicídios em São Paulo, nos próximos três anos. Para o secretário nacional dos Direitos Humanos, José Gregori, a criação do instituto "é importante porque abre espaço para pesquisa, debate e investigação de propostas que possam municiar ações concretas". Participam do instituto, além da federação do comércio e do PNBE, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Assobesp (Associação de Bancos no Estado), Fundação Roberto Marinho, Federação Paulista de Futebol e Associação Brasileira de Agências de Propaganda. Fazem parte ainda a Federação das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo, Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização, Associação Viva o Centro, Núcleo de Estudos da Violência e Faculdade de Saúde Pública da USP e a Fundação Getúlio Vargas. Texto Anterior: PM e Polícia Civil fazem acordo Próximo Texto: Sequestradores pedem R$ 5 mi para libertar mulher no RJ Índice |
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