São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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Lusa muda zaga contra o melhor ataque

FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL

A Lusa enfrenta o Vasco, hoje, no Rio, com a terceira formação diferente em três jogos sob o comando de Carlos Alberto Silva.
Na modificação mais surpreendente, o zagueiro Jorginho, titular durante todo o Campeonato Brasileiro e um dos líderes da equipe, deverá dar lugar a Émerson.
O ataque também será alterado em relação àquele que venceu o Juventude no sábado. Tico, que iniciou como titular, volta ao banco, sendo substituído por Curê, que formará com Leandro ou Tuta.
A mudança na zaga é feita justamente para o confronto com o melhor ataque da competição.
Comandado por Edmundo, artilheiro do Brasileiro, com 25 gols, o Vasco já marcou 59 vezes. Na primeira fase, venceu a Lusa por 2 a 1, no Canindé, quebrando a invencibilidade do time paulista em seu próprio estádio.
A substituição na zaga, embora não admitida oficialmente por Silva, sobressaltou os jogadores.
"Fui pego de surpresa" foi a frase utilizada por Jorginho e César após o coletivo de ontem.
O primeiro, mais do que isso, estava abatido. "Estou chateado e já demonstrei isso para ele", disse.
Silva alega que quer "dar uma poupada de um jogo" em Jorginho, que pediu para ser substituído no segundo tempo contra o Juventude. O zagueiro, que se queixou de dor muscular após a partida, negou que precise do descanso.
"Isso não tem nada a ver, eu estou ótimo. Só pedi para sair naquele jogo porque estava pendurado com dois cartões amarelos."
O meia-atacante Rodrigo sintetizou a reação do grupo em relação à mudança. "O Jorginho é um líder, mas é uma opção do Carlos Alberto Silva, temos que respeitar."
Silva e seus jogadores descartaram uma marcação especial sobre Edmundo, mas poderão fazê-la dependendo do desempenho do atacante no jogo. Nesse caso, o volante Capitão será acionado.
"Eu vou marcá-lo. Se ele estiver passando por mim, o Émerson pega. Se ele passar pelo Émerson, vamos recorrer ao Capitão", disse César, que evitou comentar a entrada de Émerson, seu companheiro de setor na final do Brasileiro-96, quando Jorginho se recuperava de uma cirurgia no joelho.

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