São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 1997
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Netanyahu prepara plano de negociação

ZEEV SCHIFF
DO "HAARETZ"

O premiê Binyamin Netanyahu prepara um programa diplomático de negociações com os palestinos, cujo objetivo é chegar a um acordo definitivo dentro de seis a oito meses. Serão tratadas temas relativos às fronteiras, viagens, Jerusalém e segurança.
Netanyahu apresentou os pontos principais de seus planos às autoridades estrangeiras com quem se reuniu nas últimas semanas. Mas ele tem ainda de revelar os detalhes aos seus ministros e aos chefes dos serviços de segurança de Israel.
O plano está no centro das articulações que Netanyahu vem fazendo desde que voltou de Londres, onde encontrou a secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright. Os americanos exigem que ele apresente um programa "confiável" para que sejam retomadas as conversas com os palestinos. Não se sabe em Jerusalém se Washington terá um plano próprio caso as propostas israelenses fiquem aquém das expectativas.
Netanyahu sugere a abertura das negociações com uma declaração de princípios que irá nortear as relações entre Israel e os palestinos e servir como base para o acordo final entre as partes. Este acordo, entretanto, não resolverá as questões mais polêmicas. A fronteira entre Israel e a futura entidade palestina, por exemplo, será permanente em alguns pontos, mas apenas temporária em outros. Israel se sustentará em três princípios:
1 - A manutenção de zonas de segurança israelenses além das fronteiras da entidade palestina, incluídas as colônias judaicas.
2- Jerusalém será mantida unida sob soberania israelense. O status dos locais sagrados católicos e muçulmanos será discutido.
3 - As áreas controladas pela entidade palestina serão desmilitarizadas após acordos bilaterais.
Depois do início das negociações, Israel irá:
1 - Efetuar retirada preliminar.
2 - Facilitar a abertura pelos palestinos de um porto em Gaza e de um aeroporto em Dehaniah.
3 - Paralisar expropriações de terras árabes ou a construção de novos assentamentos.

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