São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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Patrocínio da Copa rende mais no Brasil

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Empresas interessadas em divulgar serviços e produtos no mercado brasileiro devem estar atentas à realização da Copa do Mundo na França, em 98.
Afinal, aquelas que estiverem direta ou indiretamente ligadas ao evento deverão ter um ganho de imagem maior no Brasil do que em qualquer outro país do mundo.
Pelo menos é o que calcula a Sponsorship Research International (SRI), empresa com sede em Londres que desenvolve há 13 anos pesquisas para avaliar a eficácia de patrocínios no campo esportivo.
"Comprovamos, por pesquisas nas Copas de 90, na Itália, e de 94, nos EUA, que o impacto de patrocinadores e anunciantes de uma Copa são maiores junto ao público brasileiro", disse Simon Wardle, vice-presidente da SRI.
Wardle, que esteve em São Paulo para participar de um fórum sobre marketing esportivo, promovido pela Superliga de vôlei, afirmou que, no Brasil, 63% dos entrevistados acham que, comprando produtos de um patrocinador da Copa, estará contribuindo para o sucesso e a continuidade do evento.
"Mas, nos Estados Unidos, a situação é diferente, já que o país abrigou o último Mundial e teve, portanto, uma aproximação recente com o futebol", explicou Wardle.
Na Alemanha, onde 86% da população diz gostar de futebol, apenas 14% disseram que comprariam produtos influenciadas pelo fato de a empresa ter participado da Copa, como patrocinadora ou anunciante de emissora de rádio ou TV que cubra a competição.
Orgulho
Outra conclusão tirada pelas pesquisas da SRI é que desempenho da seleção afeta diretamente a auto-estima do brasileiro, novamente mais do que em qualquer outro país do mundo.
Segundo a agência, 96% dos brasileiros sentem muito orgulho quando a seleção ganha um Mundial. Na Europa, apesar da força do futebol no continente, a média dos que se sentem orgulhosos por um título é de 68%.

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