São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997
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Juiz sofre ameaça de agressão

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Palmeiras e Atlético-MG aderiram ontem à campanha pelo desarmamento e pela paz, iniciada por estudantes em São Paulo e que tem o objetivo de reduzir a violência com armas de fogo. Os dois times entraram em campo vestindo a camisa "Sou da Paz".
Terminada a partida, porém, o clima de guerra tomou conta do Mineirão, quando diretores do Atlético-MG partiram para cima do juiz, tentando agredi-lo, enquanto a torcida pedia "porrada".
Os atleticanos reclamaram muito de um pênalti não marcado no atacante Valdir e disseram que o juiz estava "encomendado".
O técnico Emerson Leão insinuou que o juiz fazia parte de um suposto esquema para favorecer o Palmeiras no Brasileiro.
Esse juiz foi o mesmo que na Copa do Brasil do ano passado anulou, no estádio Independência, em Belo Horizonte, um gol marcado pelo então volante atleticano Fábio Augusto.
A partida foi disputada justamente contra o Palmeiras.
Mendonça saiu protegido pela Polícia Militar.
O time do Palmeiras demorou quase dez minutos, após a partida, para chegar ao vestiário, em função de vários objetos que estavam sendo jogados pela torcida.
O meia Amaral conseguiu tirar vantagem das agressões. Saiu de campo com um relógio atirado pela torcida mineira.
(PP)

Colaborou a Reportagem Local

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