São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997 |
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Medidas do CMN 'amarram' os investimentos mais agressivos
VANESSA ADACHI
Tende a reduzir o risco a que o investidor está exposto, muitas vezes sem saber, segundo avaliação de especialistas da área de administração de recursos. O governo limitou o risco dos fundos impondo tetos às chamadas margens. A margem é o dinheiro que o fundo tem que depositar como garantia de suas operações no mercado futuro. Por exemplo, para operar contratos de Ibovespa futuro com vencimento em dezembro, a margem está em torno de 16%. Ou seja, se o fundo quiser movimentar R$ 100 milhões em contratos de Ibovespa futuro, ele não terá que desembolsar todo esse valor, depositará apenas a margem de R$ 16 milhões na Bolsa. Esse mecanismo é que determina a chamada alavancagem do fundo: como o fundo só desembolsa a margem para operar no mercado futuro, ele gira várias vezes o seu patrimônio. Mas, em caso de perda, não é só a margem que virá pó. O prejuízo ocorre na proporção da alavancagem e aí é que está o risco maior. Até ontem, um fundo poderia, em tese, pegar 100% do seu patrimônio e depositar como margem. Isso lhe permitia alavancar várias vezes o seu patrimônio e aumentar exponencialmente o risco corrido. Com as novas medidas, além dos riscos estarem enquadrados, deverá haver maior transparência na relação entre administradores de fundos e investidores. Texto Anterior: BC dobra limite para banco vender dólares Próximo Texto: BNDES vai administrar 40% dos financiamentos do Proex Índice |
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