São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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Coréia admite ajuda maior que US$ 20 bi

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ministro das Finanças da Coréia do Sul, Lim Chang-yuel, afirmou ontem que a ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país seria "muito superior a US$ 20 bilhões".
"Esqueçam sobre os US$ 20 bilhões", disse Lim. Segundo ele, o valor só será determinado após negociações entre o FMI e o governo sul-coreano.
O Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) também devem colaborar enviando recursos ao país, afirmou o ministro.
"O governo da Coréia do Sul dará boas-vindas à participação deles", disse o ministro, depois de se reunir com Hubert Neiss, chefe da delegação do FMI que está no país desde o início da semana.
Neiss teria afirmado a Lim que os dois bancos haviam "demonstrado interesse" em colaborar com o programa de ajuda à 11ª maior economia do mundo.
Segundo Lim Chang-yuel, as três instituições destinariam ao país fundos suficientes para superar a crise monetária e financeira. Ele não disse de quanto seria o total de recursos.
Lim afirmou ainda que os Estados Unidos e o Japão continuavam sendo importantes na definição do socorro econômico. Antes de pedir ajuda ao FMI, a Coréia do Sul tentara buscar empréstimos junto a esses dois países.
O Banco Mundial e o BDA anunciaram que vão enviar em breve delegações a Seul, capital do país.
México
Ao pedir recorrer ao FMI na última semana, o governo sul-coreano divulgou inicialmente que o empréstimo seria de US$ 20 bilhões.
Analistas afirmaram, no entanto, que o valor deveria ficar entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.
A ajuda financeira à Coréia do Sul superaria, assim, a maior da história, superando à concedida ao México em 1995.
Segundo o governo sul-coreano, a dívida externa do país em março deste ano era de US$ 110 bilhões e cerca de dois terços de curto prazo, com vencimentos em um ano. Analistas estimam que a dívida pode chegar a US$ 151 bilhões.

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