São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997 |
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Nakombi é 'japonês falso', mas serve bem
JOSIMAR MELO
O mais familiar dos utilitários brasileiros, a perua Kombi, é também o mais "japonês" dos carros, pelo menos no folclore paulistano, em que a família japonesa nunca dispensa o utilitário quando viaja para pescar e farofar na praia. Com base nessas brincadeiras foi montado o restaurante. Os trocadilhos abundam. O cardápio leva o nome de "Sugiro". Pratos combinando sushi e sashimi são "kombinados". E os sushis são realmente feitos numa Kombi que fica no meio do salão. A idéia surgiu de um ex-fotógrafo e ex-baterista, Paulo Barossi, 36, que, inspirado nas vans que vendem cachorro-quente na rua, pensou em vender sushis na Kombi. Resolveu institucionalizar a idéia e colocar a Kombi dentro de um restaurante, unindo-se ao DJ Coy de Freitas Neto, 26. Um corredor tem mesas baixas com belas cadeirinhas e buracos onde se pode "embutir" as pernas (ao invés de cruzá-las) -e assim fingir-se de japonês. Artifício que, na verdade, não resolve muito o problemas dos ocidentais: se entrar nos buracos já é um pouco incômodo, sair é quase impossível após o terceiro saquê. Sempre lotado (apesar de aberto há pouco tempo), o Nakombi sofre a tentação de transformar-se em casa noturna. Os donos não querem. Tanto que, para firmá-lo como restaurante, vêm investindo na cozinha, que fraquejava: agora ela tem a supervisão do sushiman Inacio Ito, veterano do Sushizen e Dai Sushi. Os sushis ainda têm uma qualidade desigual, mas os robata (os espetinhos japoneses) são interessantes e algumas sugestões fogem do comum (como a lula grelhada recheada com champignons). Uma comida agradável para se comer sorrindo. (JM) Texto Anterior: Red inaugura casas de "casual dinner" Próximo Texto: Há opções mais baratas e melhores que o Beaujolais Índice |
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