São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997 |
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Médico de chuteira salva garoto
DA REPORTAGEM LOCAL O cardiologista Jorge Eduardo Assef, 38, estava jogando futebol com amigos quando ouviu pessoas gritando por socorro e pedindo a presença de um médico na piscina do clube Paulistano. Assef saiu correndo, pulou a grade da piscina e viu o estudante Guilherme Gunther estirado no chão.Usando chuteiras e uniforme de futebol, ele passou a prestar socorro ao garoto. "Quando cheguei, havia muita gente em volta e uma pessoa fazia massagem cardíaca de maneira inadequada no menino. Imediatamente, assumi o controle da situação", declarou o médico. A primeira providência dele foi fazer massagem cardíaca sincronizada em Guilherme. Em seguida, com material do médico do clube, ele entubou o garoto. Como Guilherme vomitou o tubo, ele passou a fazer respiração boca a boca. Assef, quando percebeu que o garoto estava reanimado, levou-o ao Instituto Dante Pazzaneze, onde trabalha, em seu próprio carro. Achando que ele pudesse ter problemas neurológicos, providenciou sua transferência. Essa foi a segunda vez que Assef precisou deixar o futebol para socorrer sócios do Paulistano. "Há sete anos, um senhor teve uma parada cardíaca na quadra de basquete e eu o socorri. Ele sobreviveu até cinco meses atrás", declarou. A família de Guilherme considera o médico um herói. "Não o conheço, mas sou eternamente grato a ele e a todos os sócios que foram solidários com o meu irmão", afirmou Marcelo Gunther. Texto Anterior: Polícia apura responsabilidades Próximo Texto: Aeronáutica testa máquina para espantar garça e urubu Índice |
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