São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997
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Falta verba para papel higiênico

RITA NAZARETH
DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor do Pacaembu, Marcel Ponikwar, diz que "o dinheiro recebido (da prefeitura este ano) não dá nem para comprar papel higiênico para os funcionários".
Por esse motivo, alguns frequentadores antigos do estádio, dizem que não se importariam em pagar uma taxa "simbólica" para a manutenção do Pacaembu.
"É extremamente desagradável não ter um lugar para se arrumar depois da prática esportiva", diz a jornalista Edinéia Ferri, que frequenta o Pacaembu há mais de dez anos. "Com o pagamento de uma taxa mensal, pelo menos teríamos direito a um chuveiro e armários para guardar as roupas."
Em reunião com alguns representantes de usuários do estádio na terça-feira passada, Marcel disse que seria "impossível" receber taxas dos usuários para ajudar na manutenção.
"Isso aqui não é um clube, mas um patrimônio público", diz Marcel. "Quem pagar qualquer taxa vai se achar dono do clube."
Segundo Marcel, isso também vale para quem acha que o estádio municipal possa ser privatizado -hipótese que descarta.
Os frequentadores do Pacaembu reclamam, no entanto, que a quadra de tênis é alugada aos usuários por R$ 50 por hora.
"Se eles podem alugar a quadra para obter um serviço, por que nós não podemos pagar para recebermos outro?", pergunta Edinéia.
Marcel diz que são situações diferentes, mas não soube explicar por que razão. (RITA NAZARETH)

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