São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Números mostram que Palmeiras se acautelou

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma equipe que finaliza menos, dribla menos, dá menos assistências, conquista menos escanteios, faz mais faltas e, mesmo assim, consegue ser mais eficiente.
Esse é o cauteloso Palmeiras das semifinais do Brasileiro, time que mudou de estilo em relação à primeira fase, segundo os números do Datafolha.
Os destaques do time na etapa inicial eram os meias Alex e Zinho e os atacantes Oséas e Viola.
Agora, os símbolos do novo Palmeiras são o volante Rogério, o zagueiro Cléber e, principalmente, o goleiro Velloso, destaque do time nos últimos jogos.
Na primeira fase, o Palmeiras finalizava, em média, 18 vezes por partida. Nos jogos das semifinais, o índice cai pela metade.
Em compensação, o aproveitamento é melhor agora: 46% contra 36% dos chutes de antes.
O Palmeiras da fase inicial dava o dobro de assistências do atual (quatro contra duas) e tinha, em média, 34 dribles por partida, contra 18 do de hoje, e também conquista menos escanteios (cinco contra oito).
Com o tempo, o time de Scolari foi ficando também um pouco mais faltoso. Hoje, comete, em média, 26,7 faltas por jogo, contra 25,0 de antes.
O aproveitamento nos passes caiu -de 79,5% da primeira fase para 76,8% de agora- e o número de desarmes também -147,2 contra 144,3.
Treino específico
Estrela do time nas semifinais, o goleiro Velloso credita o bom momento aos treinos de reflexo, que realiza com o treinador Carlos Pracidelli.
Nesses exercícios, o goleiro fica de costas para o chutador, que está na marca no pênalti, e só parte para a defesa quando a bola já está em movimento.
"Você fica praticamente sem tempo de pensar na defesa. Age por reflexo. O negócio não é defender bonito, mas sim evitar que a bola entre", afirmou.

NA TV - Palmeiras x Atlético-MG, na Sportv, ao vivo, às 17h

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