São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Mostra traz a Tarsila que vale

DA REPORTAGEM LOCAL

A mais modernista das pintoras brasileiras, Tarsila do Amaral (1886-1973), é o objeto de uma das mostras imperdíveis desse final de ano. Pequena e bem montada, seus 34 pinturas e 34 desenhos representam um dos poucos momentos de inovação com identidade nas artes plásticas brasileiras.
Tarsila promoveu uma nova linguagem para a pintura brasileira por meio de uma simplificação do campo visual, do uso de massas compactas de cor e de uma intensa luminosidade. A artista conseguiu reunir lições apreendidas das vanguardas européias do início do século (cubismo, primitivismo, suprematismo) e o imaginário popular nacional.
O período que a mostra cobre é curto, mas é o que interessa, pois reúne as fases mais relevantes de sua carreira: os períodos pau-brasil (1924), antropofágico (1928) e social (1933).
Reúne telas clássicas, como "A Negra" (1923), "Urutu" (1928) e "Operários" (1933), seu flerte com uma pintura de cunho mais político, mas que não foi muito adiante. Traz ainda uma tela inédita no Brasil, "A Cuca", que pertence ao museu de Grénoble, na França.

Mostra: Tarsila, Anos 20
Curadoria: Sonia Salzstein
Consultoria: Aracy Amaral
Onde: galeria de arte do Sesi (av. Paulista, 1.313, 2º andar, tel. 011/253-5877) Quando: até hoje, das 9h às 20h

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