São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Globo exibe seu "baby boom"

CRISTIANA COUTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Rede Globo põe no ar a partir de hoje vinhetas de fim de ano exibindo 14 atrizes ou apresentadoras que ficaram grávidas ou tiveram bebês em 97, ano em que a emissora viveu um "baby boom".
As primeiras vinhetas serão apresentadas durante o "Fantástico".
Cada vinheta tem 30 segundos. Nelas, as mães aparecem com seus filhos em diferentes situações. No final, repetem o slogan "o futuro já começou".
Algumas das vinhetas também contemplam os filhos maiores das atrizes, todas ao som de um novo arranjo da tradicional música tema "Um Novo Tempo".
Cláudia Raia e Lilia Cabral mostram os primogênitos Enzo, de sete meses, e Giulia, de dez meses, respectivamente. Luiza Tomé e Giulia Gam estavam grávidas de quatro meses na época em que gravaram.
Helena Ranaldi e Fátima Bernardes -esta com os trigêmeos-, tiveram direito a dois takes: durante a gravidez e com os recém-nascidos, gravados na última quinta-feira.
Malu Mader, Andréa Beltrão e Paloma Duarte levam ao ar duplas de filhos.
O diretor Jorge Solari, da produtora paulista Espiral Filmes, parceira da Globo nos filmes, diz que não houve preocupação com a interpretação, mas com a "espontaneidade".
"A idéia era retratar o cotidiano das atrizes, o instinto maternal, o lado humano e despojado de qualquer personagem", diz Solari, que fez a direção de cena e fotografia durante os três meses de gravações.
Para criar o clima de "intimidade", as cenas foram gravadas nas casas das atrizes durante um dia inteiro, com direito a banhos, amamentações e sonecas dos pimpolhos.
"Fiquei receosa em expor a Júlia, mas abri uma exceção", diz Débora Bloch, que, de quebra, mostrou a barriga de oito meses.
"Achei ótimo fazer em casa. Sou uma palhaça com a minha filha e nos entrosamos bem", avalia Lilia Cabral.
Idealizada por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e com direção-geral de Carlos Manga, as vinhetas são os frutos daquilo que, em 97, representou um "aborto" na escalação de atrizes da emissora.
A série "A Justiceira", anunciada como o grande investimento da Globo para 97, foi abortada em 20 capítulos por causa da segunda gravidez da atriz Malu Mader. O seriado, que teria 32 episódios, terminou no 12º, em julho.
Isadora Ribeiro foi outro desfalque. Escalada para viver uma personagem que não queria ter filhos para não perder a forma na novela das seis "O Amor Está no Ar", coube a ela apenas uma participação como a espanhola Carmencita.
Para Cássia Kiss, as vinhetas desmistificam o glamour de atriz. "Também acordamos para ver o filho de noite", diz Cássia, que exibiu pela primeira vez a caçula Maria Cândida, de nove meses.

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