São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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ONGs aproveitam a visita para protestar contra FHC Entidades cobram do governo política social efetiva IRINEU MACHADO
Para defender direitos de índios, sem-terra e das classes desfavorecidas, as entidades usam a mesma estratégia quando criticam o governo brasileiro. Todas dizem que o Brasil tem uma política "para inglês ver", ou seja, não aplica na prática as decisões que anuncia. Fiona Macaulay, 34, pesquisadora para o Brasil da Anistia Internacional -que divulgou nota ontem cobrando o governo brasileiro-, disse à Folha que a falta de um orçamento específico para programas de direitos humanos contradiz projetos do governo. "O que o governo anuncia não é o que as pessoas vêem nas ruas. A polícia continua matando, a violência no campo não acabou." A Survival International (que apóia os povos indígenas) anunciou ontem que o Conselho Indígena de Roraima enviou carta à rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª, dizendo que os índios da área Raposa-Serra do Sol estão sendo "massacrados por invasores". A Anti-Slavery International (entidade que combate o trabalho escravo) diz que as reformas na legislação para punir os que exploram mão-de-obra escrava são "inadequadas". O Grupo dos Amigos dos Sem-terra, a Survival Internacional e a Anti-Slavery farão um protesto amanhã em frente à London School of Economics, onde FHC dará uma palestra. Texto Anterior: Perigo sem defesa Próximo Texto: A agenda no Reino Unido Índice |
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