São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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Presidente do TRT instaura sindicância Juízes classistas serão investigados BERNARDINO FURTADO
Os membros da comissão de sindicância - Décio Sebastião Daidone, Vania Paranhos e Lázaro Phols Filho - têm prazo máximo de dez dias para concluir o trabalho, segundo portaria baixada ontem por Buffulin. A assessoria do presidente do TRT não esclareceu se o processo de nomeação da classista Maria Cristina Mazzuca também será objeto da sindicância. A Folha mostrou que Mazzuca se candidatou ao cargo apresentando registro de trabalho numa empresa de fachada, a Sind-Som-A Engenharia do Som S/C Ltda. O dono da Sind-Som, José Roberto Fernandes, é ao mesmo tempo patrão de Mazzuca, presidente do Sindicato dos Empregados Desenhista Técnicos, Artísticos, Industriais, Copistas, Projetistas Técnicos e Auxiliares no Estado de São Paulo e juiz classista representando a categoria. Ela foi registrada na Sind-Som e indicada pelo sindicato dirigido por Fernandes. O presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho de São Paulo (Amatra-SP), Pedro Carlos Sampaio Garcia, disse que a abertura da sindicância é "um passo importante". Garcia adiantou, contudo, que a Amatra vai enviar ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Trabalho um dossiê sobre dezenas de nomeações de classistas. "Vamos pedir apuração ampla, porque há sindicatos que conseguiram nomear até seis classistas, como é o caso do Sindicato do Comércio Varejista de Carvão e Lenha, que tem um classista que é dono de empresa fantasma." Texto Anterior: Tribunal investiga órgão estatal Índice |
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