São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Brasileiros inimigos na Copa

RODRIGO BUENO

Além de lutar contra 31 rivais, o Brasil enfrentará a si mesmo no Mundial. Outras cinco seleções, pelo menos, terão como arma profissionais brasileiros.
O principal atacante da Bélgica na atualidade é um maranhense: Luis Oliveira. A melhor opção ofensiva do Japão, Wagner Lopes, é uma das revelações do ex-técnico são-paulino Cilinho. Um dos responsáveis pela ligação entre meio-campo e o ataque do México é Luis Alves, o "Zaguinho", filho do ex-atleta do Corinthians Zague.
A mão-de-obra brasileira também vai ser aproveitada na Copa pelos adversários fora de campo.
Paraguai e Jamaica fizeram opção por técnicos nacionais. Paulo César Carpegiani conduziu os paraguaios ao Mundial após 12 anos de ausência. Renê Simões guiou os jamaicanos à sua primeira Copa.
Além desses legítimos brasileiros, os rivais vão estar reforçados por jogadores que atuam hoje no futebol brasileiro.
É o caso, por exemplo, dos colombianos Aristizábal (São Paulo) e Rincón (Corinthians), dos paraguaios Arce e Rivarola (Grêmio) e Enciso (Internacional) e do camaronês William Andem (Bahia).
O meia iugoslavo Petkovic, que brilhou no Brasileiro pelo Vitória, briga por uma vaga em sua seleção.
Outros atletas, como o japonês Kazu, o chileno Sierra, o norte-americano Cobi Jones, o sul-africano Williams e os paraguaios Isasi e Struway, tiveram passagem pelo Brasil, mas retornaram a seus países e devem participar da Copa.
Alguns brasileiros estiveram bem perto de trabalhar por outras nações no Mundial. Os treinadores Valdeir "Badu" Vieira e Lori Sandri por muito pouco não classificaram Irã e Emirados Árabes Unidos, respectivamente, para a Copa.
As estrelas da seleção de El Salvador, quarta colocada no hexagonal final das eliminatórias da Concacaf, eram os atacantes brasileiros Israel Castro e Nidelson de Melo.
O Peru, que foi eliminado apenas na última rodada das eliminatórias sul-americanas, também tinha um atacante nacional: Julinho.
O meia Donato, que joga no La Coruña, já participou de vários jogos pela seleção da Espanha, mas não tem sido mais aproveitado pelo técnico Javier Clemente. Dificilmente irá figurar na relação dos 22 espanhóis que vão à Copa.
(RBu)

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