São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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Pernambuco suspende produção de AZT
FÁBIO GUIBU
A indústria, responsável por 50% do medicamento em cápsulas distribuído na rede pública do país, reclama uma dívida de R$ 17 milhões ao governo federal. Segundo o presidente do laboratório, Antonio José Alves, não há recursos nem mesmo para a compra da matéria-prima utilizada na fabricação do produto. O fornecimento do AZT em xarope, destinado ao atendimento de crianças com Aids, também foi interrompido por causa da crise. O Lafepe é o fornecedor exclusivo do medicamento ao governo federal. O Ministério da Saúde, disse Alves, comprometeu-se sexta-feira passada a pagar o débito de forma parcelada, já a partir desta semana. Mas, mesmo que isso ocorra, afirmou, a produção só poderá ser retomada em, no mínimo, 20 dias. "Temos de pagar nossas dívidas e negociar com os fornecedores." Coquetel Com a suspensão da produção, calculou Alves, 3 milhões de cápsulas de AZT deixaram de ser entregues ao Ministério da Saúde para distribuição gratuita. Também por causa da interrupção, apenas 8.000 frascos do medicamento em xarope, dos 50 mil encomendados pelo governo, foram entregues até agora pelo Lafepe. A indústria, criada na década de 60 pelo governo do Estado, fornece ainda ao Ministério da Saúde a Estavudina, usada como alternativa ao AZT e no coquetel. A entrega do produto só não foi suspensa porque o laboratório tem estoque suficiente para atender a demanda, disse o presidente da estatal. O Lafepe fabrica 40 produtos e emprega 600 pessoas. Texto Anterior: Ratinho diz não ao SBT e fica na Rede Record; Mais um é indiciado no caso Raimundos Próximo Texto: Jornalista da Folha é premiado Índice |
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